O consórcio formado pelas empresas Vecturis, Trafigura e Mota Engil para a gestão, exploração e manutenção do transporte ferroviário de mercadorias e logística do Corredor do Lobito, diz ter as condições prontas para o início das atividades a partir do próximo mês de Dezembro.
O contrato de concessão do Corredor do Lobito, de 30 anos, foi assinado na sexta-feira (04.11), entre Ministério dos Transportes e o consórcio, em Luanda, segundo o Jornal de Angola.
O contrato é de 30 anos.O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, considerou o acto um marco relevante para o desenvolvimento e optimização do sector.
Segundo o director nacional da Economia das Concessões, Eugénio Fernandes, para o início das operações, falta montar as equipas que vão trabalhar permanentemente no Lobito.
“O Estado actual do Corredor do Lobito continua operacional e, com a entrada do consórcio, o que vai acontecer é que esta parceria vai conferir mais dinâmica, aumento da eficiência, dinamização e modernização tecnológica da infra-estrutura existente”.
Fernandes indicou que dos 3,2 mil milhões de dólares empregues pelo Estado, cerca 1,9 mil milhões de dólares foram investidos no incremento das infra-estruturas e expansão do Porto do Lobito, 1,2 mil milhões para a construção de terminais e o remanescente na construção de centros logísticos, para “criar mais capacidade” para o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).
Com a efectivação do contrato, o Estado arrecadou 100 milhões de dólares que serão usados como recursos próprios para actividades em carteira do sector, com excepção dos 40 por cento do valor depositados na Conta Única do Tesouro (CUT).
O contrato de concessão pode ser prolongado até 50 anos, caso o consórcio opte por construir o ramal ferroviário Luacano (Moxico) e Jimbe (Zâmbia), numa extensão total de 259 quilómetros, avaliados em 3,6 milhões de dólares, por quilómetro.
Na semana finda, as partes interessadas reuniram-se para discutir alguns detalhes do contrato de salvaguarda de interesse do Estado, para garantir a efectivação dos objectivos pretendidos.