• 29 de Novembro, 2024

“MPLA no Huambo está de rastos”

 “MPLA no Huambo está de rastos”

Em entrevista à afonte, Soliya Selende “Lumumba”, secretário provincial do Partido de Renovação Social(PRS) no Huambo, fala sobre a situação política e económica. Prevê as eleições de 2022 e avalia os quatro anos de governação do presidente João Lourenço. Afonte: Como está a situação política na província do Huambo? Soliya Selende “Lumumba”(SSL):  A situação política no Huambo está tensa , tudo porque o MPLA está de rastos.  Estamos com muita força nos 11 municípios. Seguimos a situação política do planalto central, o MPLA já não tem base sólida, o que lhe leva a partir para intolerância política em algumas áreas.  Afonte: Quer dizer que o Partido de Renovação Social (PRS) goza de boa saúde na região? SSL: Já informamos que o PRS está em todos os municípios.  Está sólido. Recuperamos muitas áreas e o número de militantes cresceu significativamente. Estamos na mesma posição com aquelas forças que chamam os outros partidos de “partidecos” e aqueles que ontem diziam: o povo é o MPLA e o MPLA é o povo. Estas duas línguas significam para nós intolerância política e anti – Democrática. Isso não pode vincar em Angola por causa do Multipartidarismo.Afonte: Num passado recente, registaram-se muitos casos de intolerância no Huambo. Como andam as coisas hoje? SSL: A intolerância política no Huambo continua. Os que impedem os outros ainda existem. Só esperamos que não aconteça isso no clima da campanha eleitoral no próximo ano.  Afonte: Fale-nos um pouco sobre a situação social da tua província: educação e saúde… SSL: Quanto a situação social no Huambo é de lamentar porque encontramos crianças e adultos em todos os sinais luminosos a pedirem esmola (aproveitando os carros que esperam pelo sinal verde); o problema agudizou-se por causa da estiagem que houve o ano passado porque a população no Huambo é maioritariamente camponês. O o Governo local mentiu para nós (PRS ), no encontro que tivemos, que tinha criado um centro de acolhimento com as mínimas condições. Infelizmente não tem nada naquela centro, as crianças estão a fugir porque às vezes só matabicham (tomam o pequeno almoço) e não têm jantar ou jantar sem matabicho (pequeno almoço) ou almoço. A saúde é precária, a população clama por falta de medicamentos e até alguns estão a ir para as províncias vizinhas (Bié, Benguela ou Cuanza Sul) a ver se  conseguem medicamentos. Nós constatamos esse facto. Há zonas distantes que nem um centro de saúde tem. A vida está cada vez mais difícil. Afonte: O ano lectivo começou, oficialmente esta terça-feira (31.08). Também há crianças e adolescentes fora do sistema normal de ensino no Huambo? SSL: Este ano o número de crianças fora do sistema de ensino vai aumentar. Houve escola que fizeram a dita matrícula 1 dia apenas, com números de vagas limitados. Há municípios que o I ciclo só está na sede do município para não falar do II ciclo . A procura foi maior e fez com que os pais e encarregados de educação passassem às noites nas escolas para conseguir vagas.  Afonte: Quais são os principais problemas que a juventude local enfrenta? SSL: A juventude procura emprego e lugar para estudar. Os ditos 500 mil empregos foram uma falácia. o PR JLO brincou com a juventude: Portanto, os jovens devem brincar também com ele em 2022: não lhe votar.  Afonte: Que eleições Angola terá em 2022 com esse modelo da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e uma legislação eleitoral contestada pela oposição e algum círculos da sociedade civil?SSL: O próximo ano enquanto a CNE e o Tribunal Constitucional, continuarem a ser o que temos, não podemos esperar lisura no processo eleitoral, colocaram pessoas sem vergonha de roubar nestas instituições assim, não podemos esperar boas eleições porque a fraude está montada. Afonte: O presidente da República João Lourenço, completou, recentemente quatro anos desde que chegou ao poder em 2017. Qual é a sua avaliação?SSL: Os quatro anos do presidente João Lourenço, são negativos. Piorou tudo. Ao invés de corrigir. É é pena quando lhe ouvimos a dizer que o “país não se constrói em 10 anos”. Se em quatro anos não fez absolutamente nada, vai matar a população em 10 anos.  Aliás, já muitos estão a morrer de fome. Vergonhosa governação.  

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