A Amnistia Internacional (AI) exortou hoje o Irão a renunciar à execução de um jovem detido aos 17 anos e condenado à morte num processo qualificado pela organização de direitos humanos como “grosseiramente injusto”.
Arman Abdolali foi colocado em isolamento na prisão de Karaj, oeste de Teerão, e com a execução prevista para quarta-feira, indicou em comunicado a organização de direitos humanos (ONG) com sede em Londres.
“O tempo escasseia, as autoridades iranianas devem interromper imediatamente o processo de execução de Arman Abdolali”, sublinhou Diana Eltahawy, diretora adjunta da AI para o Médio Oriente África do Norte.
“O recurso à pena de morte contra os menores no momento onde o crime foi cometido é proibido pelo direito internacional e constitui uma odiosa violação dos direitos da criança”, afirmou em comunicado.
Arman Abdolali foi condenado à morte em 2015 após ter sido reconhecido culpado pela morte da sua namorada no decurso de um processo “grosseiramente injusto”, “baseado em ‘confissões’ obtidas sob tortura”, indicou a Amnistia, que apela à anulação do veredito.