• 4 de Dezembro, 2024

Presidência do MDM: Simango sucede Simango

 Presidência do MDM: Simango sucede Simango

Lutero Simango foi eleito na madrugada deste domingo (05.12) para o cargo do Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Simango venceu Silvério Ronguane. José Manuel decidiu retirar-se da corrida.

Os delegados que participam do terceiro Congresso do Movimento Democrático de Moçambique, que decorre na cidade da Beira, elegeram esta manhã, Lutero Simango para dirigir o partido nos próximos tempos.

O actual chefe da bancada do MDM no Parlamento moçambicano, venceu a corrida à presidência do MDM como cerca de 88 por cento dos votos, contra cerca 10 por cento de votos para Silvério Ronguane, que ficou em segundo lugar.

O novo líder do “galo” tomou posse ainda na manhã deste domingo. Na ato de tomada de posse Simango jurou defender o lema do partido de defender “um Moçambique para todos”.

Por outro lado Simango referiu que ” o nosso movimento tem sido uma grande escola da democracia, somos os promotores da inclusão, somos um partido político que quebrou a bipolarização em Moçambique”.

Oposição interna

Entretanto, Silvério Ronguane candidato derrotado, disse estar satisfeito com resultado por si obtido nesta corrida, pelo que parabenizou Lutero Simango, a quem apela para imortalizar os ideais do então presidente – Daviz Simango.

“O meu sentimento é de alegria porque saio aqui com 10 por cento, portanto é um resultado maravilhoso”, considera Ronguane agradecendo aos seus simpatizantes pelo acreditar nele.

Ronguane deixa uma certeza para o partido “estou agora disponível para liderar a oposição dentro do partido MDM na minha qualidade de segundo candidato mais votado” para que segundo explica “os ideias que estávamos a defender continuem de pé e queremos ver esses ideais a ser postos em prática”, sublinhou o também deputado do MDM no parlamento moçambicano.

Desistência de José Domingos

José Manuel que dirige até a data o secretariado-geral do partido optou por retirar-se da corrida pouco antes do início da votação “para salvaguardar interesses dos moçambicanos através da democratização interna no partido”, segundo justificou o seu mandatário Vasco Abrão.

Abrão entende que com a retirada da candidatura de José Domingos “quem saiu a ganhar é o partido”.

“A nossa candidatura que visava efectivamente, garantir a continuidade dos ideais de Daviz Simango. Daviz Simango nos ensinou a sermos tolerantes e é na senda desses ensinamentos que nós achamos que não havia condições para a continuidade da nossa candidatura”, explica Vasco Abrão.

O mandatário de José Domingos denuncia, no entanto, que havia uma candidatura que a todo o custo queria vencer, por isso que “para o bem do MDM para o bem da continuidade do MDM nós decidimos desistir desta candidatura porque nós entendemos que o povo moçambicano que ainda continua a inspirar confiança no partido merece respeito”, disse.

Segundo Abrão “a melhor maneira de respeitar este povo é garantir que a democraticidade interna possa fluir no MDM e sobretudo garantir que o Movimento Democrático de Moçambique continue a ser aquele partido que os moçambicanos sempre sonharam que seja o partido da esperança deste povo”.

Assim, Lutero Simango sucede o seu irmão mais novo, Daviz Simango, na liderança do MDM e e torna-se no segundo presidente desta formação política moçambicana, desde a sua fundação em 2009.

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) estava sem presidente desde fevereiro passado, depois da morte por doença do seu então líder fundador, Daviz Mbepo Simango.

DW

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