A sociedade angolana continua a repudiar o suposto impedimento de que os jornalistas da Televisão Pública de Angola (TPA) e da TV Zimbo foram alvo este sábado (11.09), quando tentavam cobrir a marcha convocada pela UNITA para exigir transparência eleitoral. A acção está a ser atribuída a alguns supostos militantes, amigos ou simpatizantes do maior partido da oposição angolana.
“Agredirem os jornalistas é o cúmulo”, escreveu Nsiona Júnior, profissional ligado a Rádio Eclesia.
“Obstrução e manipulação”
Também, Ilídio Manuel, outro jornalista angolano, escreveu na sua página do facebook. “Ninguém tem o direito de obstruir o trabalho dos jornalistas, como estes não devem manipular os factos noticiosos.”
Por sua vez, Celso Malavoloneke, antigo secretário de Estado da comunicação social, escreveu: “Em 2008, 2012 e 2017 foram os jornalistas da TPA, RNA e do Jornal de Angola. Este ano parece terem “eleito”, os jornalistas da Zimbo como seu saco de panacadas.” “Eu estou convencido (de) que esta postura de exclusão da UNITA não vai mudar, e não precisaremos esperar pelas eleições: logo-logo vão começar”, acrescentou.
“Não se constrói democracia…”
Afonte sabe que o presidente da UNITA, Adalberto Costa também condenou este acto.
O secretário geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, também repudiou “estas atitudes”. Para este profissional, “não se constrói democracia combatendo os jornalistas. Impedir os jornalistas de exercerem a sua actividade é substrução não apenas a liberdade de imprensa mas também a própria democracia”, escreveu na sua página do facebook.