• 30 de Novembro, 2024

Angola quer discutir terrorismo na União Africana

 Angola quer discutir terrorismo na União Africana

Líderes africanos em Adis Abeba.

Angola defendeu, neste sábado, em Addis-Abeba, Etiópia, a realização de uma cimeira extraordinária da União Africana (UA) sobre o terrorismo, para analisar o impacto deste flagelo em África. 

O posicionamento de Angola foi apresentado durante a 35ª Sessão Ordinária da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da UA, pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, em representação do Presidente da República, João Lourenço.

Na sua intervenção, o chefe da diplomacia angolana adiantou que a cimeira extraordinária da UA sobre o terrorismo serviria, também, para traçar estratégias conducentes a um plano de acção abrangente.

Perante vários Chefes de Estado e de Governo de países africanos, Téte António sublinhou que Angola apoia a sugestão da Comissão da UA para a realização da cimeira sobre o terrorismo em Malabo, Guiné Equatorial, em Maio próximo.

Segundo o ministro angolano, na eventualidade de acontecer em Maio, a cimeira extraordinária teria lugar após a Cimeira Humanitária da UA e da Conferência de Doadores, o que permitiria organizar os dois eventos, que considerou estratégicos, no primeiro semestre de 2022.

Na ocasião, o ministro Téte António sugeriu que o tema da referida iniciativa fosse alargado para “Cimeira Extraordinária sobre o Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Regime em África”.

A intenção é tornar o evento numa oportunidade para discutir uma posição comum e firme contra estes dois flagelos que ameaçam a paz, a estabilidade e minam a diversidade, bem como a inclusão política no continente, observou.

Angola manifestou preocupação e condenou o crescente número de mudanças inconstitucionais de regime em África com recurso à força militar e exigiu medidas mais firmes da comunidade internacional, para desencorajar tais acções e responsabilizar os seus autores.

Quanto ao terrorismo e extremismo violento, afirmou que as acções que ocorrem nas regiões como Sahel, Lago Tchad, Corno de África, República Democrática do Congo (RDC) e Moçambique representam ameaças à paz e a estabilidade no continente.

O chefe da diplomacia angolana insistiu que a situação requer uma resposta da comunidade internacional, em geral, e da União Africana, em particular.

O ministro Téte António reafirmou, entretanto, o empenho de Angola em trabalhar com a Comissão da União Africana na implementação de uma decisão sobre o assunto.

Aberta neste sábado, a 35ª Sessão Ordinária da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) encerra os seus trabalhos domingo.

No âmbito da rotatividade geográfica regional, o Chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, assume, hoje (sábado), a Presidência da UA, em substituição do homólogo da RDC, Félix Tshisekedi.

A Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo é o órgão supremo de política e decisão da UA. É composto por todos os Chefes de Estado e de Governo dos Estados-Membros.

Fonte: ANGOP

 

 

 

Artigos relacionados