O processo autárquico angolano continua em curso faltando apenas a aprovação da Proposta de Lei da Institucionalização das Autarquias Locais. O exército do poder local é um dos objetivos da UPA. Por isso, Afonte conversou com Celson Kapote, activista angolano e representante desta organização em Benguela.
Afonte – Sendo um dos objetivos da UPA a conquista e o exercício do poder local, como olha para o processo autárquico angolano?
Celson Kapote (CK): Ainda vejo que o processo autárquico em Angola é mais uma promessa esfarrapada para o angolano, uma vez que o sonho não se paga, eles continuam a nos vender sonhos..
Afonte: Quem acha que tem medo de institucionalizar das autarquias locais?
CK: Uma vez que já foi claro em mencionar o medo de institucionalizar as autarquias, eu poderia dizer que nós vivemos isso todos Santos dias, o MPLA tem medo das autarquias locais, senão, hoje já devíamos viver do sabor das autarquias.
Afonte – Qual seria a precisão da UPA em termos de materialização das autarquias?
CK: A precisão que a UPA é que se efetiva as promessas do governo segundo a constituição da República sem rodeios.
Afonte – A UPA está preparada para concorrer em todos os municípios em Benguela?
CK: A UPA ainda não está preparada para concorrer em todos os municípios de Benguela uma vez que ainda estamos numa fase de expansão e inscrição de novos membros da organização. Mas, o litoral da província nos aguarda.
Afonte: Que Benguela sonha ver nos próximos cinco anos?
CK: Sonho com uma Benguela inclusiva socialmente, onde o custo de vida seja possível pra todos uma vez que temos potencialidades em vários ramos que infelizmente aqueles que assambarcam o país dia e noite não têm comprometimento com a província e o país no geral. Repito…Benguela não é apenas Praia Morena e a Ponta da Restinga.