Os Presidentes dos EUA e Rússia mantiveram hoje a divergência sobre a Ucrânia, com Biden a avisar Putin para “custos severos e rápidos” se Moscovo invadir a Ucrânia e o Kremlin a denunciar a “histeria dos Estados Unidos”.
A divergência foi expressa na conversa telefónica de uma hora e dois minutos que os dois Presidentes mantiveram hoje acerca da tensão na Ucrânia.
A ameaça de sanções, com “custos severos e rápidos” por parte dos Estados Unidos e dos seus aliados à Rússia, foi reiterada por Joe Biden, anunciou a Casa Branca.
Biden disse a Putin que, embora os EUA estejam preparados para resolver a questão pela via diplomática, estão “igualmente preparados” para outros cenários além da diplomacia.
Uma invasão russa da Ucrânia causaria “sofrimento humano generalizado” e reduziria o prestígio da Rússia no mundo, vincou Biden.
Por seu lado, o Kremlin, através de declarações à imprensa do conselheiro diplomático de Putin, Yuri Ushakov, denunciou o que considera ser a “histeria” norte-americana acerca da Ucrânia, mas acrescentou que os dois líderes decidiram “prosseguir os contactos entre ambos”.
“A histeria atingiu o seu apogeu. Nos últimos dias e horas, a situação foi levada ao absurdo”, criticou Ushakov, dizendo que “os americanos estão a anunciar a própria data da invasão russa e, ao mesmo tempo, alimentam a força militar da Ucrânia”.
O conselheiro de Putin reconheceu, todavia, que a conversa “foi bastante equilibrada e profissional por natureza”.