• 14 de Abril, 2025

Calou-se voz do direito habitação em Angola

 Calou-se voz do direito habitação em Angola

Morreu, esta segunda-feira, em Portugal, o activista cívico angolano, Luiz Araújo. O defensor dos direitos humanos vítima de doença, notabilizou-se na luta contra falta de habitação no país.

A notícia do seu passamento físico continua a gerar as mais vivas reações, fundamentalmente nas redes sociais. A activista Laura Macedo, por exemplo, escreveu: “Acabo de tomar conhecimento da morte do activista cívico, Luiz Araújo, hoje, vítima de doença, em Lisboa, Portugal…Ao josé, ao Rafael Morais e toda a família, deixo os meus sentidos pêsames”.

Também, o activista Kim de Andrade, lamentou a morte de Araújo: “Partiu prematuramente um ícone, homem de coerência peculiar que ajudou-me pessoalmente a forjar a verticalidade moral em relação a crítica que sustento no que diz respeito a oposição cúmplice”.

A voz do direito habitação

“Faleceu em Lisboa o mentor e antigo coordenador da associação SOS Habitat”, escreveu Rafael Morais, actual responsável da organização.

Luiz Araújo defendeu o direito à habitação entre 1999 e 2011, até receber uma ameaça de morte que o fez ir para Portugal.

Uma intensa luta contra o cancro

Araújo, que travou uma batalha contra o cancro, compartilhou as suas experiências nas redes sociais, nos últimos meses, destacando os desafios enfrentados durante o tratamento e a importância da consciencialização sobre o cancro.
Há 14 anos, após perseguições políticas, ele se refugiou em Portugal. Apesar disso, retornou a Angola em 2009, apoiando a Frente para a Democracia, antecessora do Bloco Democrático, nas primeiras eleições pós período de paz. Posteriormente, devido a novas perseguições políticas, voltou à Europa, onde enfrentou problemas de saúde.
Em declarações à Radio Angola, em setembro de 2016, Luiz Araújo, disse: “Temos que remover a ditadura. Sem remoção não haverá desenvolvimento”.
Araújo morre no em que que completaria 70 anos, em Dezembro.

 

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