Chanceler alemão, Olaf Scholz, começou no domingo (22.05) a sua primeira visita como chefe do Governo alemão ao continente africano. Durante três dias, Scholz visita Senegal, Níger e África do Sul.
A porta de entrada do chanceler alemão em África foi Dakar, no Senegal – neste domingo (22.05). Olaf Scholz foi recebido em audiência pelo Presidente senegalês, Macky Sall, que é também o presidente da União Africana (UA).
Os dois dirigentes concentraram as suas conversas em torno da crise ucraniana, segundo disse em conferência de imprensa o estadista senegalês.
“Como presidente da União Africana, expressei ao Chanceler Scholz as nossas sérias preocupações sobre o impacto da guerra nos nossos países, países africanos, incluindo os picos de preços e as carências generalizadas de alimentos que estão a ser observadas”, adiantou.
O chefe do governo alemão garantiu prosseguir as ajudas ao continente africano, para minimizar a crise de alimentos, através do apoio a programas de assistência e exportação de cereais.
“Caso contrário, o perigo é grande. Muitos países têm dificuldades em alimentar o seu povo; isso não nos deve deixar indiferentes, não nos deixa indiferentes e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance”, adiantou.
Macky Sall no leste da Europa
Macky Sall anunciou que viajará nos próximos dias à Rússia e Ucrânia, na qualidade de Presidente da UA, num esforço para encontrar uma saída para o fim do conflito.
“Queremos paz, não queremos estar alinhados com este conflito, muito claramente. Mesmo que condenemos a invasão, estamos a trabalhar para que haja um cessar-fogo e um diálogo. Portanto, esta é a posição africana, não é para dizer que somos a favor ou contra esta ou aquela e que assumimos plenamente as nossas posições”, referiu.
A questão da dependência do gás russo, também está no topo das preocupações da Alemanha. Nesta deslocação, Olaf Scholz procura encontrar soluções alternativas.
Exportar mais gás para a Europa?
O Senegal tem milhões de metros cúbicos de gás natural e Macky Sall diz que o país está pronto para exportar o gás natural liquefeito para a Alemanha e a Europa nos próximos anos.
Este anúncio anima o chanceler alemão, que garante já haver conversações sobre o assunto, que se deverão intensificar nos próximos dias.
Ainda assim, o Chanceler Sholz frisa que o foco está nas energias renováveis.
“Elas dão uma valiosa contribuição para um fornecimento de energia amiga do clima. Continuaremos a apoiar o Senegal nesta matéria no âmbito do G7 e, naturalmente, também no âmbito de uma parceria climática”, sublinhou.
Depois de Senegal, o chanceler alemão vai ao Níger e à África do Sul.