• 29 de Novembro, 2024

Cidadãos marcham contra “prisão política” de activistas em Angola

 Cidadãos marcham contra “prisão política” de activistas em Angola

Vários cidadãos marcham neste sábado (09.04), em Luanda, contra a ‘prisão política” de dois jovens activistas que se encontram detidos desde janeiro sem culpa formada.

Luther Campos e “Tanaice Neutro” foram detidos por alegados actos de vandalismo, depois de a Televisão Pública de Angola (TPA) os ter associado aos supostos autores da revolta popular que terminou com a destruição da sede do partido no poder, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no distrito urbano do Benfica, em Luanda, durante a greve dos taxistas no passado 10 de Janeiro.

Alguns suspeitos julgados por supostamente participarem no acto de vandalismo foram absolvidos por falta de provas.

Mas Gilson da Silva Moreira “Tanaice Neutro” e Luther Campos detidos dois dias após os acontecimentos,  continuam detido na Comarca de Viana e no Hospital Prisão de São Paulo.

Em Cabinda, dois activistas do Movimento Independente de Cabinda (MIC) também estão detidos desde o ano passado.

António Tuma, secretário adjunto para a Informação do MIC e  Alexandre Dunge, foram detidos em outubro de 2021 no interior das suas residências em circunstâncias duvidosas, segundo a DW África.

Os dois Independentistas do enclave ainda não conhece a acusação. As autoridades recusam falar sobre o caso.

Para além do apelo  à libertação dos “presos políticos”, a manifestação visa também exigir o afastamento da consultora esponhola INDRA nas Eleições Gerais de Agosto e o fim do conflito militar em Cabinda, segundo a nota de imprensa enviada à Fonte pelos organizadores da manifestação que se apelidam de grupo de cidadãos organizados da Sociedade Civil.

O Governo de Luanda e a Polícia Nacional foram informadas sobre a realização da marcha deste sábado.

No documento enviado às autoridades, o subscritores do protesto fundent que “tendo em conta alguns acontecimentos que marcaram a nossa sociedade e que constituem preocupações, sobretudo, para as organizações defensoras dos Direitos Humanos (contratação pelo governo de Angola da consultora espanhola INDRA para tratar do transporte e da logística do pleito eleitoral de Agosto próximo, detenção de activistas em Cabinda em Outubro de 2021, assim como, a prisão injustificável de dois activistas em Luanda no dia 10 de Janeiro de 2022, e a continuação do Conflito Militar em Cabinda, temos a honra de comunicar às autoridades governamentais da província de Luanda que será realizada, no dias 9 de Abril de 2022, a manifestação de Apoio aos Presos Políticos, Afastamento da INDRA nas Eleições Gerais e ao fim do Conflitos Militar em Cabinda”.

Segundo o grupo de cidadãos organizados da Sociedade Civil, o da local de concentração é o Cemitério da Santa Ana, às 12 horas.

 

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