Com a chegada de uma coluna de veículos policiais transportando os réus, teve início em França o processo, já apelidado de “histórico”, dos atentados terroristas de 13 de novembro de 2015 em Paris.
O julgamento deverá prolongar-se até ao fim de maio do próximo ano. Um processo à porta fechada que envolve mais de 330 advogados, na maioria representantes das vítimas e familiares. Os sobreviventes esperam sobretudo obter finalmente justiça.
Thierry Maillot, sobrevivente do ataque ao Bataclan:“Eles pegaram em kalachnikovs e, mesmo se eram amadores, mataram 130 pessoas. Jovens e pessoas como eu, que também me sinto ainda jovem. Nós tinhamos ido beber uma cerveja e ouvir música… E os que estavam as esplanadas, o que é que eles fizeram? Estavam entre amigos e não fizeram nada de mal. Mas foram alvejados. É impossível deixar isso para trás. Tem de haver justiça.”
Serão julgados 20 homens, seis dos quais à revelia. O principal acusado é Salah Abdeslam, considerado um dos cérebros dos atentados e o único dos atacantes ainda em vida.
Os ataques coordenados contra a sala de concertos do Bataclan, um estádio de futebol e várias esplanadas de restaurantes e cafés da capital francesa saldaram-se em 130 mortos e mais de 400 feridos. Os atentados foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.