• 1 de Dezembro, 2024

Concurso da Sonangol aberto a estrangeiros

 Concurso da Sonangol aberto a estrangeiros

A petrolífera Sonangol fez saber, através de um anúncio publicado nas páginas do Jornal de Angola, nestes últimos dias, que está a contratar serviços para a aquisição de assistência técnica, manutenção preventiva e correctiva dos equipamentos analíticos do laboratório central.

O referido contrato está aberto a entidades nacionais e estrangeiras, com um prazo de três (3) anos.
Na sua nota pública, a So-nangol explica que as empresas interessadas e que preencham os requisitos do caderno de encargos podem visitar as instalações de hoje até ao próximo dia 16.

Quanto ao prazo e local de apresentação das propostas, está fixada a data de 1 de Outubro até às 15 horas  na sede da petrolífera. Conforme lembra no seu documento, a entidade contratante é uma empresa pública, que se dedica à actividade de exploração, pesquisa e desenvolvimento de petróleo bruto e actividades relacionadas.

Zonas exclusivas a nacionais

Nos últimos meses, conforme constatação deste diário, a direcção da petrolífera estatal tem estado a contratar serviços para reforçar as suas operações, no seguimento da decisão de abdicar das actividades “non core” – não nucleares, para orientar o foco no que é vocação de negócios da em-presa nacional.

Estima-se que em 2020 perto de 10 concursos para seleccionar prestadores de determinados serviços terão sido lançados pela petrolífera.
Numa das mais recentes edições da revista institucional Pacaça, produzida pela área de Comunicação e Marca da petrolífera, foi justificada por um dos gestores intermédios da estatal, que a opção por terceirização de alguns serviços e a preferência por empresas nacionais, em alguns casos, é para potencializar o conteúdo local.

Estudos do sector avançam que o conteúdo local (prestação de serviços aos operadores petrolíferos) movimenta milhares de milhões de dólares e é predominantemente assegurado por empresas na realidade de direito estrangeiro e que acabam por rapatriar capitais ainda necessários ao desenvolvimento da economia angolana. A promessa é de que se vai continuar a proteger certos domínios no “Oil & Gas” aos nacionais.

JA

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