• 4 de Dezembro, 2024

Corrupção: Julgamento de Higino Carneiro à vista

 Corrupção: Julgamento de Higino Carneiro à vista

 

O procurador-geral de Angola, Hélder Pitta Grós, disse esta quinta-feira (02.09), que o julgamento de Higino Carneiro, antigo governador de Luanda e ex ministro das Obras Públicas, vai acontecer nos próximos dias.

Em entrevista a Radio Nacional de Angola (RNA), o magistrado do Ministério Público, avançou que o processo se encontra em tribunal.

O general é  acusado de gestão danosa de bens pública praticada enquanto governador da província de Luanda, no período entre 2016 e 2017.

Processo contra “Kopelipa” e “Dino” em fase de conclusao 

Em fase de conclusão estao os processos de Leopoldino do Nascimento “Dino”, antigo chefe das comunicações e Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, ex ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente José Eduardo dos Santos.

“Kopelipa” e “Dino” são acusados, entre outros, de peculato, branqueamento de capitais e burla, num processo relacionado com uma linha de crédito de 2,5 mil milhões de dólares concedida pelo Banco Industrial e Comercial da China a Angola, ambos são suspeitos de se apropriarem desses fundos por intermédio da empresa China International Fund – CIF, além de terem igualmente beneficiado de outros negócios no âmbito do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional.

“Estamos a trabalhar para a conclusão mais rapidamente possível. Em investigação criminal não podemos dar prazos porque os tribunal tem os seus prazos para o julgamento”, disse.

Caso Abel Cosmes  

O antigo-presidente do Conselho de Administração da TCUL-Empresa de Transportes Coletivos Urbanos de Luanda, Abel António Cosme, encontra-se detido em Portugal. O ex responsável foi detido pela Policia Judicial e é procurado em Luanda desde 2019.

“Aguardamos que a justiça e o governo de Portugal decidam”, disse o magistrado referindo-se a extradição do ex PCA.

Luta seletiva? 

Muitos observadores em Angola entendem que a luta contra a corrupção levada a cabo pelo presidente angolano, João Lourenço e seletiva. Entendem que, muitos cidadãos, antigos titulares de cargos públicos na antiga governação, não são indiciados em processos judiciais. Mas o procurador minimiza.

“Quem são as pessoas que estiveram a gerir os bens públicos ao longo destes anos todos?”, questionou.

“Então, são essas pessoas que devem ser perseguidas. Não devemos procurar outras pessoas para serem perseguidas”, concluiu.

  Afonte

 

 

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