A entidade que estuda assuntos de Angola, apelou ao Estado angolano para que gaste mais dinheiro na criação de emprego, porque o país deverá atingir este ano um excedente orçamental entre 2,3% e 2,75% e sair da recessão.
“Entendemos que o desemprego é um caso especial, que deveria ter um tratamento diferenciado, quer estatisticamente, quer ao nível das políticas públicas”, defende a Cedesa, num relatório divulgado este sábado (28.08).
“Apela-se às autoridades que desenvolvam um programa de tipo keynesiano de promoção de emprego, eventualmente com recurso a capitais disponíveis do combate à corrupção, como temos defendido noutros relatórios”.
Segundo a entidade, “o Estado tem de gastar dinheiro na criação de emprego” porque “é evidente que não vai ser o mercado ou a economia privada a resolverem, no curto-prazo, o problema da falta de emprego, sobretudo jovem” em Angola.
Em termos de estatísticas, considera que o país deve apurar “melhor quem está ocupado com atividades informais produtivas remuneradas e quem não consegue efetivamente obter qualquer trabalho remunerado, mesmo querendo”.
Porque “há que evitar enviesamentos estatísticos que perturbam a adequada compreensão da realidade”, afirma.
A Cedesa prevê que este ano Angola saia da recessão económica e tenha um excedente orçamental “entre 2,3% e 2,75%, dependendo da evolução do preço do petróleo”.
LUSA