A província de Cabinda foi palco de um acto de massa no sábado (23.04), no pavilhão do Tafe, onde o Presidente e líder do MPLA, João Lourenço, foi várias vezes vaiado pelo público presente, enquanto discursava.
Entretanto, vários alunos dizem que foram obrigados pelas direcções das escolas a participar do comício, sob ameaça de serem penalizados, denunciam alguns.
“Disseram que, se não fôssemos ao comício, iriam marcar-nos faltas vermelhas, por isso vim”, disse uma estudante à DW África.
Outro aluno afirma que os estudantes foram informados que deveriam estar presentes. “Fomos obrigados e, inclusive, disseram-nos que, no sábado, não haveria práticas de Educação Física. E, quando chegamos ao local do comício, entregaram-nos as camisolas”, explicou.
O MPLA refuta que os mentores tenham convocado os alunos.
Porém, em muitos casos, direções acabam coagindo os alunos por medo de perderem seus empregos, segundo declarações de professores que pediram anonimato.
Texto: DW