Mais de um milhão e 300 mil pessoas nas provincias angolanas do Cunene, Huila e Namibe fazem face à fome devido à pior seca na região dos últimos 40 anos, revela um estudo da rede de alertas à fome, a FEWS NET, nas siglas em inglês.
A mesma fonte cita a chefe do Programa Alimentar Mundial em Angola, Michele Mussoni, quem disse que se assiste actualmente à migração de famílias para outras províncias e para a vizinha Namíbia à procura de água alimentos e pastagem para o gado.
Estimativas indicam que a seca afecta 114 mil crianças com menos de cinco anos de idade, que estão a sofrer ou irão sofrer de má nutrição aguda.
Por outro lado, a subida de preços e uma praga da gafanhotos agudizam ainda mais os efeitos da seca sobre as populações mais pobres.
Entretanto há outras consequências dessa crise humanitária, como por exemplo, o aumento de casos de fuga à paternidade.
Entre Janeiro e Setembro, as autoridades receberam perto de 450 denúncias de casos de fuga à paternidade vindas do meio rural e dos principais centros urbanos aqui agravada pelo alto custo de vida que afecta a maioria das famílias.
VOA