• 1 de Dezembro, 2024

Governo vai reforçar polícia com efetivos e meios para assegurar eleições

 Governo vai reforçar polícia com efetivos e meios para assegurar eleições

O ministro do Interior  anunciou ontem que a capacidade operacional da polícia será reforçada com efectivos, meios e equipamentos especiais para as eleições gerais, em Agosto, decorrerem “num ambiente de paz, harmonia, ordem social e segurança”.

Eugénio Laborinho falava na província de Benguela, litoral sul do país, no acto central dos 46 anos de existência da Polícia Nacional, que  se assinala na segunda-feira, 28 de Fevereiro.

O governante  frisou que, nos últimos anos, a Polícia Nacional vem fazendo um esforço gigantesco para se modernizar, apesar dos parcos recursos financeiros e humanos que possui, realçando que ao longo desse percurso histórico muitos dos seus melhores efetivos perderam a vida no cumprimento da missão.

Segundo Eugénio Laborinho, a polícia continuará a apostar na formação dos seus efetivos a todos os níveis para que possa elevar os números de eficácia e eficiência, que respondam aos desafios da criminalidade.

“Vamos continuar a prestar uma atenção especial aos efetivos, especialmente os mais antigos, tendo em conta a sua experiência e os anos de trabalho que têm na corporação”, referiu o ministro, salientando que, apesar da crise económica, agravada pela pandemia, “sempre que houver uma janelinha financeira” continuarão a ser promovidos os efetivos, “em especial os que se encontram no posto há mais de 10 anos”.

O titular da pasta do Interior destacou que o 46.º aniversário da polícia coincide com o ano das eleições gerais no país, que exigirá dos efetivos muito trabalho, dedicação, sacrifício, vigilância, espírito de missão e disciplina.

“É com estes atos e com a vossa coragem e empenho que será possível enfrentarmos os desafios que se nos colocam no domínio do asseguramento do pleito eleitoral, em articulação com os outros órgãos de defesa e segurança”, disse.

Eugénio Laborinho defendeu a continuidade da aposta na moralização dos efetivos, incutindo o amor à pátria, respeito pelos cidadãos, pela coisa pública e privada e pelos símbolos nacionais de Angola.

“Iremos elevar a capacidade operacional da Polícia Nacional, com o reforço de efetivos, meios rolantes e outros equipamentos especiais, para que as eleições gerais previstas para agosto do ano em curso, decorra num ambiente de paz, harmonia, ordem social e segurança”, sublinhou.

Nos últimos meses, prosseguiu o ministro, têm sido alocadas viaturas, motas e meios não letais aos distintos órgãos do Ministério do Interior e, em especial, aos comandos municipais da Polícia Nacional para as ações de prevenção e repressão à criminalidade, processo que “vai continuar, visando a capacidade da melhoria de resposta operacional”.

De acordo com Eugénio Laborinho, a polícia deve continuar a privilegiar o diálogo com a comunidade, sobretudo com a juventude, no sentido de evitar a vandalização dos bens públicos, desacatos, violência, entre outros.

Por sua vez, o comandante-geral da Polícia Nacional, Arnaldo Carlos, o órgão que dirige está empenhado na criação de condições operacionais e logísticas, bem como na capacitação dos seus efetivos, visando elevar os níveis de segurança antes, durante e depois das eleições gerais.

“As principais missões da Polícia Nacional estão determinadas e resumem-se na necessidade de manter uma postura implacável no combate à criminalidade, com maior destaque aos crimes violentos, dedicando particular atenção aos atos que visam a destruição de bens públicos e a incitação à rebelião”, disse.

Arnaldo Carlos realçou que para uma eficaz prevenção e combate aos crimes é preciso o envolvimento das famílias e a participação das instituições da sociedade civil, igrejas, autoridades tradicionais, tanto no meio rural como urbano.

“A Polícia Nacional tem procurado melhorar o seu desempenho, visando assegurar a ordem, a segurança e tranquilidade públicas, proteger as pessoas e bens, prevenir a criminalidade e contribuir para o normal funcionamento das instituições democráticas, bem como regular o exercício das liberdades fundamentais dos cidadãos, primando sempre pela legalidade”, expressou.

Artigos relacionados