• 14 de Abril, 2025

Líder da UNITA apela à libertação dos presos políticos em Angola

 Líder da UNITA apela à libertação dos presos políticos em Angola

No comício realizado no sábado (21.05) no Cazenga, província de Luanda, o presidente da UNITA, maior partido da oposição, Adalberto Costa Júnior, apelou ainda à libertação dos chamados “presos políticos” da era da presidência de João Lourenço e criticou a onda de “intimidação e prisão arbitrária” de cidadãos que criticam a governação do MPLA.

Costa Júnior lembrou o caso do activista e militante do seu partido, Luther Campos, e do ativista Tanaece Neutro, detidos em janeiro na sequência da greve dos taxistas que resultou na vandalização de um comité do MPLA. Os dois jovens continuam detidos, sem acusação formal.

O líder da oposição angolana exige também a libertação dos membros dos Movimento Independentista de Cabinda (MIC).

“Fomos assistindo à prisão de jovens no Cuando Cubango, em Benguela, na Huíla, Cabinda, Uíge, nas Lundas e em todo o espaço nacional, para que a força da juventude não tenha esta disponibilidade de lutar para um futuro melhor, para que os jovens se sentissem ameaçados e amedrontados na sua vontade de participar”, disse Adalberto Costa Júnior.

Intimidação no período eleitoral

Para o líder político não há razão para fazer das eleições gerais um momento de instabilidade política. Defende que o pleito eleitoral deve ser visto como um momento de festa por todos os cidadãos e acusa o partido no poder de intimidar os cidadãos neste período eleitoral.

O líder do partido do galo, também coordenador-geral da plataforma política Frente Patriótica Unida (FPU), denunciou que vários militantes e membros da sociedade civil continuam detidos na província do Uíge, após confrontos com militantes do MPLA no município do Sanza Pombo.

“Mas quem está preso pertence apenas a um lado, porque quem está do lado do regime, que agrediu, que bateu, estão todos em casa. Tenho imagens de agressões por parte dos membros do MPLA, mas também tenho imagens de pessoas a reagirem às agressões”, denunciou.

O político considera “armadilha” as alegações de intolerância política contra o seu partido e exorta os seus militantes a não reagirem a futuras provocações.

“Quando identificarmos o risco de violência, agressões contra nós, vamos virar as costas e vamos para outro caminho. Porque está tudo preparado para dizer que a culpa está só de um lado. Não podemos colocar o pé ‘na casca de banana'”, advertiu.

Texto: DW

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