Redacção-O Governo Provincial Huíla quer que os programas de responsabilidade social das empresas que exploram ouro e outros minerais na província, gerem riquezas para as comunidades que vivem na extrema pobreza nas zonas de exploração.
O apelo foi feito na quarta-feira (13.12), pelo director do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado, Domingos Kalumana, na abertura “Mesa Redonda Público-Privada sobre os Riscos de Corrupção no Sector Extractivo”, promovido pelo FSVC- Corpo de Voluntário dos Serviços Financeiros do Departamento de Estado norte americano.
O responsável confirmou que há empresas a fazerem a exploração e prospecção de ouro nos municípios da Jamba e nos Gambos, zonas em que a população vive na extrema pobreza. Por isso, Domingos Kalumana defende que as empresas criem novos projectos que possam garantir o fomento do emprego e combater à pobreza.
Os investimentos das indústria extrativas, diz Kalumana, não devem estar unica e exclusivamente focadas no sector. “É importante fazer uma transferência de investimento para o desenvolvimento dessas comunidades. Ou seja, se eu estiver a explorar um mineral estratégico, devo estar alinhado àquilo que é a visão de desenvolvimento do Executivo, transferindo o meu capital para outros sectores que vão gerar desenvolvimento, apesar que pode não trazer o mesmo retorno investido no sector mineiro”.
A construção de escolas e postos de saúde não pode ser a única tarefa das empresas nos seus projectos de responsabilidade social, alerta o director do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado do Govero da Huíla.
“Podemos criar aqui enormes fazendas para que as comunidades sejam integradas e efetivamente esses deixam a prática do garimpo, porque o fim do garimpo só é possível com a questão da empregabilidade”.
Por sua vez, o oficial sénior da FSVC em Angola, Nicolau Miguel enfatizou que a mitigação dos riscos de corrupção no sector extractivo “seria uma miragem sem a inclusão e contribuição ecfetiva de todos os actores-chave, daí que neste mês que se celebra o Dia Internacional Anticorrupção, no FSVC entendemos que a corrupção representa uma ameaça significativa ao desenvolvimento económico, coroendo a confiança nas instituições e enfraquece o Estado de direito”.
Nicolau garante que a organização que representa “permanece firme no seu compromisso de combater a corrupção, por meio da colaboração com instituições governamentais, o sector privado, a sociedade civil e os meios de comunicação social para prevenir, detectar e reduzir a corrupção”.
O evento que junta na cidade do Lubango, membros do Governo, organizações da sociedade civil e jornalistas termina esta quinta-feira.