O presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Ferandes disse neste sábado (02.04), que a sua organização é a “única alternativa” para a mudança do regime político em Angola por não ter um passado negativo.
As declarações foram feita num acto de massa, realizado no município do Cazenga (Luanda), em comemoração dos dez anos da sua fundação que se celebra hoje. O líder da coligação garante que estão ultrapassados todos os problemas internos estando o foco apontado para a vitória eleitoral em agosto deste ano.
“Não temos o nome sujo de gatuno. Não temos as mãos sujas manchadas de sangue. Nunca roubámos ninguém e nunca matámos ninguém. Somos os donos do nosso destino”.
A CASA-CE foi fundada a 3 de Abril de 2012 e completa assim, neste domingo, dez anos de existência. Desde a sua fundação, a coligação já teve três presidentes: Abel Chivukuvuku, André Mendes de Carvalho e o actual, Manuel Fernandes.
O líder da coligação apela aos angolanos a trabalharem para a alternância política.
“Os maus governos são mantidos no poder pelos bons cidadãos que não votam. Por isso, todos devemos atualizar o registo eleitoral para que, em agosto, exerçamos o direito de cidadania e possamos escolher quem nos deve governar”.
Manuel Fernandes acusou o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de fugir ao diálogo com os partidos da oposição e com a sociedade civil. Sublinhou que a aceitação do resultado das eleições depende da condução do processo.
“Há emissários internacionais que vêm ao nosso país dar ideias à CNE, mas o presidente da CNE está a fugir”, denunciou Manuel Fernandes.
A CASA-CE quer ter informações sobre o processo de preparação das eleições gerais previstas para agosto deste ano. Para isso, a coligação solicitou uma audiência ao presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, mas o pedido foi negado.
“Pedimos audiência ao presidente da Comissão Nacional Eleitoral para saber de algumas coisas do processo que não estão bem, mas não quer nos receber. Está a fugir ao diálogo. Isso não é bom e não é construtivo. Isso não garante a estabilidade e eficácia”, lamenta Fernandes.