A Presidente da Etiópia, Sahle-Work Zewde, pediu, esta quarta-feira, em Luanda, que a União Africana assuma os compromissos da organização.
A Chefe de Estado etíope, que falava durante o primeiro painel sobre “Jovens, actores na promoção da cultura de paz e transformações sociais do continente”, no âmbito da 3.ª Bienal de Luanda, defendeu que “não podemos tomar uma decisão aqui, que não será implementada, muitos dos nossos compromissos, infelizmente não são implementados no terreno”.
“O Papel da Mulher no Processo de Paz, Segurança e Desenvolvimento” e “Desafios e Oportunidades da Integração do Continente Africano na Perspectiva do Crescimento Económico”.
Para Sahle-Work Zewde, “existe uma falta de compromisso, portanto, sejamos fiéis àquilo que nos comprometemos a fazer de forma colectiva”, acrescentou a estadista.
A estadista respondia à inquietação de um jovem de Moçambique sobre a aplicabilidades das conclusões e recomendações na vida prática de encontros do género.
Cerca de 20 oradores internacionais e dez nacionais estão a fazer parte deste certame.
O primeiro dia de trabalhos foi marcado por um “Diálogo Inter-geracional”.
Entre os oradores estavam os presidentes, João Lourenço de Angola, José Maria Neves de Cabo verde, Carlos Vila Nova de S. Tomé e Princípe, Sahle-Work Zewde, presidente da Etiópia.
Também contou com os ex presidentes Joice Banda do Malawi, Joaquim Chissano de Moçambique, Kgalema Motlanthe da África do Sul, Olusegun Obasanjo da Nigeira, entre outros.
Prosseguem os debates
Os debates na III Edição do Fórum Pan-Africano para Cultura de Paz prosseguem hoje, em Luanda, capital angolana com mais um tema.
Esta quinta-feira, os participantes abordam “O Papel da Mulher no Processo de Paz, Segurança e Desenvolvimento” e “Desafios e Oportunidades da Integração do Continente Africano na Perspectiva do Crescimento Económico”.
Já o terceiro e último dia “O Processo de Transformação dos Sistemas Educativos, Práticas Inovadoras de Financiamento no Contexto Africano” e as “Alterações Climáticas na Óptica dos Desafios Éticos, Impacto, Adaptação e Vulnerabilidade” estará em debate.
Na próxima sexta-feira, serão conhecidas as conclusões e recomendações da III Edição da Bienal de Luanda que decorre sob lema: “Educação, Cultura de Paz e Cidadania como Ferramenta de Desenvolvimento do Continente”.