Um casal de jovens com idades compreendidas entre os 29 e 36 anos, está detido na província do Bengo, por queimarem as mãos e pés do filho aquém acusam de práticas de feitiçaria.
O facto ocorreu na zona do panguila, na segunda-feira (11.04), segundo a Polícia Nacional
O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Delegação do Ministério do Interior no Bengo, Intendente Gaspar Luís Inácio, explica que tudo começou quando a mulher , madrasta do rapaz de oito anos, informou ao seu esposo que o filho parecia nos seus pesadelos durante as noites.
Acusação foi alegadamente confirmada numa seita religiosa.
“A mulher ora detida informou ao esposo que tem tido maus sonhos com o menor, que por sinal é seu enteado, filho do seu esposo, fruto de uma outra relação, segundo o qual, o menor quer lhe matar com recurso a prática de feitiçaria, facto que levou o casal a recorrer a uma seita religiosa, onde o líder daquela igreja, terá feito uma suposta revelação espiritual, segundo a qual o menor possui feitiço e carecia de um tratamento espiritual”, explica o porta-voz da Polícia Nacional no Bengo.
Gaspar Luís Inácio disse ainda que, ao regressarem para casa, o casal agrediu a criança.
“Agrediram fisicamente o menor, fazendo recurso à um objecto de alumínio do tipo colher de cozinha, que depois de aquecido num fogão a gás, foi colocado nas palmas das mãos e na planta dos pés sucessivas vezes, causando ferimentos graves na região facial do menor, várias escoriações no corpo, bem como, a deformação dos membros superiores e inferior esquerdo”.
A madrasta e o pai do miúdo serão apresentados ao Ministério Público para os devidos procedimentos legais, diz a polícia.
Entretanto, as autoridades continuam a trabalhar para a localização e detenção do suposto líder da referida seita religiosa.