• 1 de Dezembro, 2024

País teria menos dívidas se a “UNITA pagasse o que destruiu”, diz deputado do MPLA

 País teria menos dívidas se a “UNITA pagasse o que destruiu”, diz deputado do MPLA

João Pinto, deputado pelo MPLA (DR).

O deputado pela Grupo Parlamentar do MPLA, João Pinto afirma que o Angola teria menos dívidas  externas se a UNITA, o maior partido da oposição, pagasse as infraestruturas que terão sido destruídas pelo seu braço armado durante o conflito político.

“Pode parecer ironia mas isto mostra a falta de sentido de Estado e responsabilidade de alguem que por sinal exerce um mandato. Claro se a UNITA pagasse os bens que destruiu no Huambo, Bie e removesse as minas nos caminhos de ferro do Lobito-Lwau teriamos menos dividas…”.

João Pinto fez estas afirmações num dos seus vários posts no Twitter em reacção à publicação do deputado e secretário Provincial do partido do galo negro em Luanda, Nelito Ekuikui, que usou a rede social para solicitar o IBAN do Estado chinês para pagar a parte da dívida que cada angolano tem com a China.

“Necesito do IBAN da China pra pagar a parte da minha dívida que cada angolano deve. Não gosto de acumular dívidas, quanto mais uma que não me avisaram quando foi contraída!!!”.

As declarações do deputado da UNITA foram feitas no âmbito de uma brincadeira feita nas redes sociais por vários internautas em função de uma notícia do jornal Expansão sobre a dívida de Angola com a China.

Segundo semanário especializado em economia e finanças, a China continua a ser o maior credor angolano, já que de um total de 51.040,6 milhões USD por pagar ao estrangeiro 21.602,7 milhões USD são “kilapis” àquele país da Ásia.

Ao todo, cada um dos 32 milhões de angolanos deve 1.595 USD lá fora e 675,1 são ao gigante asiático.

De acordo com as estatísticas externas do Banco Nacional de Angola (BNA), o stock da dívida externa subiu 1,8% entre o final de 2020 e o III trimestre de 2021 (últimos dados disponíveis), passando de 50.114,5 para 51.040,6 milhões USD.

A dívida angolana à China, que tem nas mãos 42,5% da dívida externa angolana, recuou 1,8% entre o final de 2020 e o III trimestre de 2021, passando de 21.993,1 milhões USD para 21.602,7 milhões USD. A maior parte da dívida à China tem como principal credor o China Development Bank (CDB), que resulta de um mega financiamento de 15 mil milhões USD, no âmbito de um acordo celebrado em Dezembro de 2015. Foi deste empréstimo levantado na sua totalidade que saíram os 10 mil milhões USD que o Governo injectou na altura na Sonangol. Depois da China, segue-se o Reino Unido, a quem Angola deve 13.045,3 milhões USD, o que faz com que cada angolano lhes deva 407,7 USD.

 

 

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