A equipa do Petro de Luanda empatou (2-2), ontem, frente ao Fovu Club de Baham dos Camarões, no Estádio Ahmadou Ahidjo, em Yaoundé, para a primeira mão da preliminar de apuramento à fase de grupos da Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol.
Com apenas três amistosos nas pernas, feitos no estágio realizado em Benguela, ao contrário do adversário que vinha de 20 jogos, o vice-campeão angolano acusou, nos minutos iniciais, falta de ritmo competitivo e entrosamento.
Sabendo das fragilidades da equipa angolana, a formação camaronesa optou por jogar em contra-ataques rápidos, finalizados com cruzamentos perigosos. Num desses lances, o conjunto anfitrião adiantou-se no marcador, por intermédio de N’sangue, após uma jogada de insistência à entrada da área, decorridos 14 minutos.
Após o golo sofrido, a equipa de Alexandre Santos se reorganizou e passou a atacar mais a baliza de Kibyen. Os médios Jaredi e Megue deram imensas dores de cabeça aos defesas adversários. Volvidos cinco minutos, o Petro restabeleceu a igualdade através do suspeito do costume, o brasileiro Tiago Azulão. O “capitão” petrolífero antecipou-se aos centrais do Fovu para visar a baliza adversária.
Nada satisfeito com o resultado, o Petro de Luanda voltou a imprimir velocidade no encontro, com o intuito de virar a igualdade. Na ausência do lesionado Job, o extremo Jaredi comandava a “orquestra” tricolor.
Aos 45 minutos, Jaredi acabou por colocar o conjunto do Catetão em vantagem no desafio. O jogador formado no Recreativo do Libolo desferiu um forte remate à entrada da área, sem hipóteses de defesa para o guardião Kibyen.
No regresso dos balneários, o segundo classificado do Girabola’2020/2021 voltou a mandar no jogo, com o propósito de ampliar o placar. O Fovu entendeu baixar as linhas mais adiantadas no terreno, para evitar que o Petro de Luanda não conseguisse uma vitória folgada. Mas ainda assim, foi o Fovu que acabou por empatar o desafio, por intermédio de Stephen Ikpeme, aos 90+1 minutos.
“Onze” inovado
A jogar no clássico 4-4-2, com a finalidade de conseguir uma vitória folgada no reduto do adversário, Alexandre Santos que se estreou à frente da equipa técnica, apareceu diante do campeão camaronês com um “onze” inovado.
Augusto Mualucano, ex-Recreativo do Libolo, actuou de início na baliza, deixando Élber de fora dos convocados para a “Operação Fovu”.
Depois do excelente desempenho nos amistosos realizados em Benguela, frente ao Sporting, Wiliete e Desportivo da Huíla, o lateral direito Eddie Afonso manteve a titularidade, à semelhança de garoto Pedro, de 16 anos, que jogou a lateral esquerdo no lugar de Tó-Carneiro.
No centro da defesa, Mindinho manteve a titularidade, ao passo que Kinito (ex-Interclube), deixou Vidinho no banco de suplentes. Na linha intermédia, Megue e Maya começaram a partida a titular, sendo que Ito e Jaredi (Interclube) entraram de início para os lugares de Diógenes e Além.
Tiago Azulão e Yano foram a dupla de ataque. Por lesão, o “capitão” Job não seguiu com a equipa para os Camarões, tal como Picas que rumou para Portugal, onde vai defender as cores do Grupo Desportivo de Chaves, da segunda liga.
Interclube sai vitorioso de Zanzibar
A equipa do Interclube começou da melhor maneira a preliminar de acesso à fase de grupos da Taça da Confederação. Os polícias, moldados a Beto Bianchi, foram a Zanzibar, Tanzânia, e venceram o Mafuzu FC, por 1-0, golo apontado pelo capitão Paty, aos 29 minutos.
Os polícias entraram no jogo com o intuito de conseguir um bom resultado fora de casa, para resolver a eliminatória com tranquilidade em Luanda, sábado, no duelo da segunda-mão. Porém, as coisas não foram tal e qual, pois o Mafuzu FC, a jogar em casa, assumiu o controlo da partida, criando várias situações de perigo nos primeiros minutos.
Contudo, os polícias, cientes da missão que os levou a Zanzibar, conseguiram equilibrar a partida e passaram a dominar. Fruto disso, chegaram ao golo, aos 29´, por intermédio Paty.
Porém, o Mafunzo FC, a jogar em casa, rapidamente foi atrás do empate, equilibrou o jogo, chegando mesmo a criar algum perigo à baliza de Ndulo. Te-mendo sofrer um golo próximo do intervalo, a equipa técnica do Interclube fez subir as linhas defensivas e assim conseguiu estancar a ofensiva dos tanzanianos.
Ainda nesse período, o Interclube bem poderia ter aumentado o marcador, por Paty e Higino.
Na segunda parte, Beto Bianchi alterou o sistema táctico e colocou Paty a distribuir as jogadas. A partir daí, os polícias tornaram-se mais agressivos e deram pouco espaço ao adversário. O resultado poderia ser outro, caso as oportunidades criadas fossem concretizadas.
Beto Bianchi começou o jogo com o seguinte “onze” inicial: Ndulo; Lito, Balsa, Danilson e Mutu; Mano Mano, Jamanta, Higino e Paty; Jorginho e Mano Calesso.
JA