O Procurador-Geral da República (PGR), Helder Pitta Grós, afirmou, esta quinta-feira, que o processo judicial contra o antigo Vice-Presidente, Manuel Vicente, vai continuar.
Ao falar à imprensa, à margem da cerimónia de tomada de posse de novos sub-procuradores, o magistrado adiantou que a acusação não estará pronta nos próximos tempos.
Na ocasião, Helder Pitta Grós reconheceu que a imunidade que Vicente tinha como antigo vice-Presidente e deputado atrasou o andamento do caso.
“O processo existe. Veio de Portugal, já constituído, não se trabalhou no processo porque tivemos aquele tempo em que havia imunidade. Tendo passado esse tempo, naturalmente, temos de trabalhar”, referiu.
Sem dar muitos detalhes reconheceu, no entanto, que a PGR não tem capacidade para deduzir a acusação tão rapidamente, “gostaríamos, seria bom, mas infelizmente ainda não”.
Manuel Vicente responde a um processo em Portugal conhecido como “Operação Fizz” em que é acusado de ter corrompido o procurador Orlando Figueira.
No quadro do processo, Portugal pediu que Manuel Vicente fosse ouvido pela PGR, o que não aconteceu devido à imunidade que o impedia de ser ouvido.