Marrocos criou uma nova região militar, a leste, junto à fronteira com a Argélia. Este novo dispositivo ocorre em plena crise entre os dois vizinhos, em torno do Sahara ocidental, mas também da aproximação entre Marrocos e Israel.
A RFI avança que Marrocos e Israel querem quadriplicar as trocas comerciais, para se atingir a cifra de 500 milhões de dólares por ano.
E isto segundo anúncio de terça-feira, da ministra israelita da economia, Orna Barbivai, em visita ao reino marroquino, desde este domingo.
Uma deslocação que ocorre após a retoma das relações diplomáticas em Dezembro de 2020, sob os auspícios dos Estados Unidos, e a visita em Novembro de 2021 do ministro israelita da defesa que se traduziu num acordo de cooperação de segurança e militar.
Serão assinados vários protocolos.
A companhia aérea Royal Air Maroc começa a voar a partir de Casablanca rumo a Tel Aviv já a 13 de Março, nomeadamente.
Numa altura em que em Agosto passado a Argélia rompeu relações diplomáticas com Marrocos: Argel acusando Rabat de acções hostis, facto que os marroquinos argumentaram ser “completamente injustificado”.
Marrocos passa agora a contar, para além das zonas militares a sul e a norte, com uma região militar a leste, junto à fronteira com a Argélia.
Em Novembro de 2020 o cessar-fogo em vigor no Sahara ocidental foi quebrado com a mobilização de tropas marroquinas para o extremo sul da antiga colónia espanhola visando desobstruir a única estrada rumo à Mauritânia.
Marrocos e a Argélia têm, desde então, vivido nova crise nas suas relações bilaterais.