• 29 de Novembro, 2024

Sara Tavares, “soube cantar as vivências do seu tempo”

 Sara Tavares, “soube cantar as vivências do seu tempo”

A cantora  cabo verdiana Sara Tavares morreu este domingo, 19 de Novembro, aos 45 anos.

Segundo o SIC Notícias, a cantora tinha sido diagnosticada com um tumor cerebral em 2009 (que a fez parar durante oito anos) e nos últimos meses acabou por acumular sucessivas complicações.

A morte da artista surpreendeu vários fãs e colegas de trabalho. Por cá, cidadãos e personalidades da  música, do  jornalismo,  do teatro e da política lamentam a partida prematura de Sara que atuou enumeras vezes nos palcos de Angola ao lado de grandes nomes da música angolana.

Na sua página do Facebook, a cantora Pérola escreveu que “foi-se uma das vozes mais bonitas que já ouvi. Um talento lindo e inspirador de se apreciar. Fazia a diferença”.

Também na rede social Facebook, o deputado Olívio Nkilumbu também homenageou a Sara.

“Sara Tavares, uma  artista que soube cantar as vivências do seu tempo. Até um dia chamar a música”

A atriz Raquel da Lomba diz que a contida tinha uma voz de ouro.

“Que supresa desagradável recebo no final da noite, ohhhh morte porque existes. Sara Tavares a voz de ouro, mulher que cantava e encantava, ohhh Misericórdia”, lamentou Raquel da Lomba.

Sara Tavares foi uma “rainha da música”, segundo o cantor angolano Landrick.

” Descansa em paz, queen Sara Tavares. Obrigado pelas Eternas Canções”.

Para o activista Fernando Sakuayela, Sara Tavares foi “uma Combatente verbal da Lusofonia. Cabo verde chora, a lusofonia perde uma das melhores vozes. Paz à sua alma”.

Sara Tavares conquistou primeira notoriedade como concorrente do programa de talentos “Chuva de Estrelas”, em 1994, quando imitou Whitney Houston e acabou por vencer a primeira edição daquela produção da SIC. Um ano depois ganhou o Festival da Canção, com Chamar a Música e representou Portugal na Eurovisão, ficando em oitavo lugar. Seguiu-se então um percurso singular na música portuguesa, à conquista de um espaço próprio e de uma voz pessoalíssima, cruzando as estruturas da pop e da música urbana com a tradição africana em que cresceu e sempre se moveu, em crioulo e em português, espelhando todas as suas influências e ambições criativas em discos como Sara Tavares e Shout! (1996), Mi Ma Bô (1999), Balancê (2005), Xinti (2009) ou Fitxadu (2017), que lhe valeu a nomeação para o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa. Já este ano revelou novas canções, a caminho de um futuro novo álbum: Grog d’Pilha, Momentum, Presensa e Kurtidu, esta última publicada em setembro.

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