• 10 de Abril, 2025

Sonangol sem receitas de concessionária regista maior prejuízo da história

 Sonangol sem receitas de concessionária regista maior prejuízo da história

Grupo Sonangol apresentou um resultado operacional negativo na ordem dos 437,0 mil milhões Kz. Petrolífera limpa balanço e reconhece quase 2 biliões Kz em imparidades. Em ano de Covid-19, as vendas caíram para metade, enquanto a prestação de serviços caiu 12%.

A queda em 51,3% das vendas para 5.797,1 milhões USD face a 2019 e o reconhecimento de perdas por imparidades relativas a investimentos financeiros e créditos de cobrança duvidosa estão na base daquele que é o maior prejuízo da história da Sonangol, que fechou as contas de 2020 com resultados líquidos negativos na ordem dos 4.129 milhões USD, o que compara com os quase 125 milhões de lucros registados no exercício de 2019.

Em Kwanzas, a petrolífera nacional, que desde Maio de 2019 deixou de contar com as receitas da concessionária – entregues à ANPG – fechou o ano passado com prejuízos de quase 1,2 biliões Kz.

Apesar de a Sonangol apontar no relatório e contas 2020 que os prejuízos rondaram os 3 mil milhões USD, basta fazer os cálculos para apurar que o afundanço foi bem maior. Até porque, dizem as regras do “economês”, para encontrar os valores dos resultados em dólares deve ser usada a taxa de câmbio média anual. Contas feitas são 4.129 milhões USD, o que, segundo os especialistas do sector, representa o maior prejuízo da história da empresa estatal, que durante anos foi a “galinha dos ovos de ouro” do Estado. Em 2020, o grupo apresentou um resultado operacional negativo na ordem dos 437,0 mil milhões Kz. Os resultados operacionais são a diferença entre proveitos e custos. Como os custos foram reduzidos em 2020, beneficiando, por exemplo, da transferência de 600 trabalhadores para a ANPG, a apresentação de um resultado operacional negativo resulta de uma descida a pique das receitas em ano de Covid-19.

Expansao

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