O treinador do Petro de Luanda, Paulo Alexandre lamentou neste sábado a actuação do árbitro, Paulo Sérgio, ao não assinalar i mão à bola de Paízo, aos 45+2 do jogo entre a sua equipa e o 1º de Agosto, no Estádio 11 de Novembro, em Luanda
O técnico português ao serviço dos tricolores disse à imprensa no final da partida, estava confiante na vitória, mas o jogo foi “prejudicado pela arbitragem, em função do maior volume de jogo apresentado”.
No jogo de destaque da 18ª jornada do Campeonato Nacional de futebol (Girabola), o Petro Luanda empatou frente ao clube militar a uma bola, atrasando-se na corrida ao título da competição.
Pelo Petro marcou Soares, aos 40 minutos, e Jiresse igualou para o 1º de Agosto, aos 62´, em desafio disputado no Estádio 11 de Novembro.
Com este resultado, o Petro mantém-se na primeira posição agora com 48 pontos, contra 38 do adversário, em terceiro.
O Sagrada Esperança continua na segunda posição com 44 pontos, mercê do triunfo diante do Desportivo da Huíla, por 2-0.
A partida foi repartida por momento de domínio dos tricolores, perante a um adversário que despertou para jogo depois de ter igualado o confronto presenciado por quase 25 mil espectadores.
Como habitualmente em clássicos em todo o mundo, nesse, entre o Petro e o 1º de Agosto não faltaram casos polémicos, o maior deles foi uma eventual mão à bola de Paizo, aos 45+2, não assinalada pelo juiz, Paulo Sérgio, situação muito contestada pelos tricolores.
Fora disso, o Petro apresentou-se com jogadas nas laterais e com o oponente muito permissivo no meio campo, valendo-se da atenção do guarda-redes Neblú que, em várias ocasiões, evitou o pior.
Aos 41 minutos do desafio, na sequência de um pontapé de canto, o médio Soares abriu o marcador, num lance de insistência de Tiago Azulão.
Já sob o signo do equilíbrio e com a alteração no ataque com a entrada de Dago e Jiresse, o 1º de Agosto passou a ser a equipa mais ofensiva em campo.
Jiresse, reforço da segunda volta no emblema “militar”, fez o golo da igualdade, de cabeça, na sequência de um cruzamento executado por Zini, eram decorridos 61 minutos.
Hoje, sem a visibilidade habitual, Tiago Azulão e Job foram constantemente vigiados por Paizo e Bobó, no eixo defensivo do emblema do RI20.
Bem nos instantes finais Maya, com possibilidade de voltar a colocar o Petro em vantagem, viu Jó Vidal tirar-lhe a bola justamente na altura em que preparava o remate, dentro da grande área.
Após igualdade a duas bolas na primeira volta, o classico voltou a terminar igualado na segunda, agora a um golo, numa altura em que o Petro leva vantagem de dez pontos, diferença incomum entre os contendores.
Para o treinador-adjunto do 1º de Agosto, Filipe Nzanza, o grupo cumpriu com o objectivo de não perder o encontro, perante a um adversário que tem vindo a melhorar a performance, sobretudo, em lances de bolas paradas.
Reconheceu que o conjunto atravessa momentos menos bons, em parte, devido aos atrasos dos salários, augurando a solução da situação o mais rápido possível.