Moscovo reconheceu a independência das regiões separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia. A decisão foi confirmada na noite desta segunda-feira (21.02) pelo Presidente Vladimir Puti durante um discurso televisivo.
“Creio que é necessário tomar uma decisão há muito esperada, reconhecer imediatamente a independência e soberania da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk”, disse Putin, momentos antes de a televisão estatal mostrar a assinatura dos acordos de ajuda mútua com líderes rebeldes no Kremlin.
Mais cedo, uma fonte do Kremlin avançou que Putin informou o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, mediadores do conflito no leste da Ucrânia, desta decisão, tendo estes reagido expressando a sua “deceção”.
Vladimir Putin já tinha anunciado, horas antes, que iria decidir hoje sobre o reconhecimento da independência das regiões separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia, apesar das ameaças de retaliação por parte dos países ocidentais, se o Presidente russo tomasse essa decisão.
O presidente russo também deve fazer uma declaração, em breve, na televisão russa, informaram os ‘media’ estatais russos.
O reconhecimento diz respeito à independência de dois territórios pró-russos do Donbass ucraniano, que se autoproclamaram repúblicas, Donetsk e Lugansk, onde decorre um conflito há oito anos que já provocou mais de 14 mil mortes.
Reacções do Ocidente
Na sequência deste anúncio, o chefe da diplomacia da União Europeia disse que o bloco está prontao para impor sanções se Moscovo reconhecer a independência das regiões separatistas do leste da Ucrânia e instou o Presidente russo a não o fazer.
“Partimos do princípio de que o Presidente Putin não o fará, mas, se o fizer, colocarei o pacote de sanções na mesa dos ministros” europeus, advertiu Josep Borrell, no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas.
Em Berlim, o chanceler alemão condenou as intenções do Presidente Vladimir Putin. O gabinete de Olaf Scholz afirmou numa declaração que o chanceler também disse a Putin, durante um telefonema, que qualquer movimento desse tipo equivaleria a uma “violação unilateral” dos acordos de Minsk destinados a pôr fim a um conflito separatista no leste da Ucrânia.
Em Paris, o Palácio do Eliseu avançou que o Presidente Emmanuel Macron convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional para discutir a crise na Ucrânia, na sequência do anúncio do Kremlin.
Em Berlim, o chanceler alemão condenou as intenções do Presidente Vladimir Putin. O gabinete de Olaf Scholz afirmou numa declaração que o chanceler também disse a Putin, durante um telefonema, que qualquer movimento desse tipo equivaleria a uma “violação unilateral” dos acordos de Minsk destinados a pôr fim a um conflito separatista no leste da Ucrânia.
Em Paris, o Palácio do Eliseu avançou que o Presidente Emmanuel Macron convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional para discutir a crise na Ucrânia, na sequência do anúncio do Kremlin.
Fonte: Agências