Após ver várias das suas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) “engavetadas” na Assembleia Nacional, os deputados pela UNITA anunciaram nesta quarta-feira, 2 de Fevereiro, que vão solicitar audição à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e aos ministérios do Interior e das Finanças.
A intenção foi manifestada numa conferência de imprensa realizada em Luanda.
O deputado Liberty Chiaka, líder dos “maninhos” no Parlamento, disse que o Grupo Parlamentar do seu partido está “extremamente preocupado com informações que apontam para a contratação pública da empresa INDRA para mais uma vez, organizar a logística para as eleições de Agosto de 2022”.
As informações sobre a suposta contratação ainda não são oficiais. Por isso, o partido do galo negro quer questionar ao presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva “Manico” a veracidade da informação.
A INDRA é conotada com organização de eleições fraudulentas em África e na América do Sul.
Liberty Chiaka afirma que o presidente da CNE deve explicar por que razão “contratar uma empresa amiga das ditaduras?”.
Segundo o parlamentar, Manico deve também explica ao país que tipo de procedimento contratual foi adoptado.
Entretanto, uma fonte junto da empresa espanhola garante que a INDRA ainda não foi notificada sobre a suposta contratação.
Por outro lado, Grupo Parlamentar da UNITA vai solicitar também a audição ministro do Interior, Eugénio Labourinho e o Comandante Geral da Polícia Nacional, Arnaldo Manuel Carlos, sobre o que partido chama de “estranho aumento da violência policial num ano eleitoral”.
A ministra das Finanças, Vera Daves também está na lista das entidades que a UNITA quer ouvir na Assembleia Nacional.
O presidente do Grupo Parlamentar do galo negro refere que Vera Daves deve ir ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre a “prática reiterada do ajuste directo na contratação pública”.
O galo negro manifesta a intenção de solicitar audição parlamentar a essas entidades uma semana depois de o Grupo Parlamentar do MPLA rejeitar o pedido da UNITA que pretendia discutir o processo da contratação pública e do combate à corrupção no Parlamento.
Este pedido vai ser aceite?