• 29 de Novembro, 2024

UNITA quer que PGR investigue Tribunal Constitucional por “vazar” falso acórdão

 UNITA quer que PGR investigue Tribunal Constitucional por “vazar” falso acórdão

A direção da UNITA exige que a Procuradoria Geral da República  instaure “sem demora”, um inquérito junto do Tribunal Constitucional de modo a responsabilizar pessoas que vazaram um suposto acórdão que anula mais uma vez, o XIII Congresso Ordinário que elegeu em Dezembro, Adalberto Costa Júnior ao cargo de presidente do partido.

Em comunicado de imprensa que A Fonte teve acesso,  a UNITA alerta que “há escassos meses das eleições gerais, é fundamental que se respeite o povo angolano. O Tribunal Constitucional tem de alterar a sua postura de modo a merecer o respeito dos cidadãos”.

O documento intitulado «Projecto de Acórdão — UNITA 15-03-2022.docx», com 80 página vazou no último fim de semana e o Tribunal Constitucional ainda não se pronunciou sobre o caso. O referido acórdão é considerado falso nas redes sociais por algumas figuras ligadas ao partido no poder, o MPLA.

O galo negro avisa que não vai admitir  a inviabilização do seu  congresso  por intermédio do Tribunal Constitucional.
“Hoje, não há ninguém na sociedade civil angolana, nem no exterior do país, que ponha em causa a legitimidade da UNITA e da sua Direção, nem a amplitude do apoio que existe à volta da alternativa política criada e liderada pelo seu Presidente Adalberto Costa Júnior”.

Segundo o maior partido da oposição, a intenção de “subverter a vontade expressa pelos militantes no XIII Congresso Ordinário da UNITA, por futilidades que nos envergonham a todos, utilizando o poder judicial, constitui-se numa grave ameaça à estabilidade política no país e expressa o medo daqueles que governam o país ante o gigantesco movimento de alternância do poder político iniciado em Angola”, lê-se no comunicado de imprensa.

Este Projecto de Acórdão, prossegue a UNITA, “se feito Acórdão definitivo, constitui o último passo na linha do assassinato do regime democrático com a demonstração inequívoca da autocracia deste Tribunal Constitucional e do divórcio existente com a função que lhe está reservada, a da defesa da Constituição e da legalidade democrática como garante último dos direitos de cidadania”.

O partido liderado por Adalberto Costa Júnior refere que a  única razão que fundamenta as “decisões políticas do regime” reside na intenção de anular candidaturas com condições de vencerem as eleições gerais previstas para o mês de Agosto.  “Por isso, o nosso adversário procura furtar-se de uma competição democrática transparente. Mas o MPLA, que se diz ser um partido de milhões, tem receio da UNITA e do candidato Adalberto Costa Júnior por granjear o apoio da maioria esmagadora dos militantes da UNITA, de inúmeros patriotas angolanos e não só?”

A UNITA  diz, por outro lado, que  o “povo angolano sabe que o regime demonstra fragilidades imensas, por isso, em desespero de causa, procura criar obstáculos à efectiva democratização de Angola”.

O partido fundado por Jonas Savimbi voltou a acusar o MPLA de  ser o mentor da “manipulação escandalosa e a censura que se faz na imprensa pública”.

Recorde-se que, o Tribunal Constitucional ainda não anotou os congressos realizados no ano passado pelo Bloco Democrático, FNLA, UNITA e o MPLA.

 

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