A União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), admite ir a eleições gerais de 2022 sem apuramento dos votos nos municípios e províncias.
Essa possibilidade, foi manifestada pela deputada Mihaela Weba, em declarações a MFM – uma rádio privada angolana – no último fim-de-semana.
“Não existindo apuramento nem municipal nem provincial, o que é que a UNITA vai fazer? Foi efectivamente isso que perguntou”, começou por responder a pergunta do jornalista.
“A UNITA é um partido político. A UNITA é um partido que está a lutar há muitos anos para que em Angola se efective a verdadeira democracia e nós só podemos em democracia alcançar o poder político através das eleições. O único que pode decidir que o poder político não se chegue através das eleições chama-se povo. O dono do poder. O legítimo e único dono do poder. Só ele é que pode decidir isso. A UNITA não pode decidir isso. A UNITA tem que jogar de acordo com as regras”, disse.
Vai a eleições fiscalizando-as
Segundo Mihaela Weba “as regras ditam que vamos as eleições sem o apuramento municipal e provincial. Agora, o que nós vamos exigir é que tudo que esteja na Lei sobre Registo Eleitoral Oficioso, na Lei sobre as Eleições Gerais, seja escrupulosamente cumpridos pelas instituições que a lei ordena que façam o procedimento”, admitiu acrescentando que “nós vamos fiscalizar a aplicação da lei, milimetricamente”, concluiu.
Oposição vota contra lei eleitoral
O Projecto de Alteração à Lei Orgânica das Eleições Gerais mereceu 126 votos favoráveis, 52 contra (UNITA, CASA-CE e PRS) e uma abstenção (FNLA), na última semana.
No comunicado, a UNITA argumenta que a sua posição tem a ver com a defesa da transparência, verdade eleitoral e credibilidade.
A UNITA rejeita a Lei Orgânica das Eleições Gerais, por considerar que não está em conformidade com os fundamentos da República de Angola.
Afonte