Sobre o conflito entre Israel e Palestina que data desde 1948 até os dias de hoje, não se limita apenas no campo de batalha ou teatro operacional da guerra, mas também se estende ao âmbito das narrativas. È aqui em nosso entender onde está o X da questão porque ao analisar as narrativas de um lado e do outro, percebe-se facilmente os interesses políticos e econômicos tanto das partes, bem como da comunidade internacional que tenta a todo custo aumentar o seu raio de influência geopolítico, geoeconómico e até mesmo geoestratégico, usando uma narrativa de resoluções que não resolveram nada até aqui.
“Israel justifica as suas ações de terror no passado, e agora com base nos constantes ataques terroristas e não só, que sofre tanto do Hamas, bem como de outros países vizinhos”
Por exemplo: há um grupo de países ocidentais como EUA, Inglaterra e os da União Europeia que nas suas abordagens e pronunciamentos públicos oficiais usam uma narrativa que considera o Hamas como um grupo de terror cuja a sua única missão e visão política é a de destruição e mortes.
Já, outro grupo formado pela China, Rússia e até pelo Irão, este o último o inimigo assumido de Israel usam a narrativa de que: o Hamas é um grupo de autodefesa e legítimo que representa o interesse do povo palestiniano, a maior cadeia a céu aberto, diga-se de passagem.
Estás narrativas no plano internacional polarizam ainda mais a situação política é geopolítica regional e confundem ainda mais um público cada vez mais desentendido.
Entenda a narrativa Israelita no conflito.
A narrativa israelita baseia-se na conexão histórica e religiosa do seu povo(Judeu) com a terra de Israel, remontando milênios atrás. Ele (Israela) defende uma narrativa de que os judeus têm um direito legítimo à autodeterminação e à criação de um Estado de Direito apontando eventos históricos tais como, a declaração de independência de Israel em 1948 que para mim é dos maiores fracassos das resoluções saídas da ONU (Organização das Nações Unidas), o anti-semitismo e a necessidade de refúgio seguro para o povo judeu após o holocausto, por um lado.
Por outro lado, Israel justifica as suas ações de terror no passado, e agora com base nos constantes ataques terroristas e não só, que sofre tanto do Hamas, bem como de outros países vizinhos.
Entenda a narrativa palestiniana no conflito.
A narrativa palestina concentra-se na abordagem da população nativa do referido território, e ela (Palestina) argumenta que foi deslocado e despojado de suas terras e propriedades durante a criação de Israel e, com alguma razão para mim. Enfatiza o direito dos palestinos à autodeterminação e a da criação de um Estado independente num país que consideram eternamente seu.
E que a construção de assentamentos religiosos e não por parte de Israel naquele território serve de bloqueio ao desenvolvimento sustentável da Palestina como defendeu em sede da última reunião do Conselho de Segurança da ONU, o seu primeiro ministro, Mohammad Shtayyeh.
Continuando…
As narrativas hoje servem de ferramentas importantes para mudar, moldar e influenciar positiva ou negativamente as pessoas e a comunidade internacional e parece que Israel aprendeu bem com os norte-americanos e outros países ocidentais. Usando uma narrativa de vitimização de que foi atacado pelos Hamas;
A vigésima maior força militar e militarizada do mundo, tem o sétimo maior sistema de defesa anti-aérea do mundo, e uma força de inteligência e contra-inteligência que suplantam o país do centro da Europa como o da França(só para citar). Tudo isso, aliado aos bilhões de dólares que são gastos anualmente para armar e limitar tecnologicamente as suas forças de defesa e segurança. Isso faz-nos olhar as coisas com os olhos de ver e refletir o seguinte:
“E as narrativas defendidas por um e por outro parecem estar cheios de argumentos de razão ainda assim precisamos estender o capítulo diplomático e o do diálogo, do respeito, da sinceridade mútua e do compromisso sério entre os países”
Ou Israel mentiu e constantemente mente sobre as suas abordagens em relação ao seu sistema de defesa(uma narrativa de defesa de ferro), ou mais grave ainda e olhando nesta perspetiva, que se permitiu ser atacado, para ter uma espécie de passe em branco para praticar total atrocidades, genocidios e crimes de guerra contra povo palestino, sem sofrer pressão nem as consequências dos seus actos, diante da comunidade internacional.
Chamada de atenção.
A nossa chamada de atenção vai muito na perspectiva de:
Assim como as guerras, as narrativas entre Israel ou Palestina apresentam desafios significativos na busca da paz e da reconciliação e na falta de confiança entre as partes que representa um travão na possibilidade da coexistência de um estado mútuo na busca da paz, da harmonia e do desenvolvimento sustentável do país ou dos países. Ressaltar ainda que a comunidade internacional tem um papel fundamental na resposta rápida da resolução e manutenção deste conflito abrindo um espaço muito vasto para o diálogo permanente na base da sinceridade e dos interesses mútuos.
Conclusão
A guerra das narrativas entre os países beligerantes desempenham um papel significativo na percepção do conflito. E as narrativas defendidas por um e por outro parecem estar cheios de argumentos de razão ainda assim precisamos estender o capítulo diplomático e o do diálogo, do respeito, da sinceridade mútua e do compromisso sério entre os países, pois só e somente só assim será/e ou é possível vislumbrar um futuro de paz entre Israel e Palestina.