Tão logo o telefone, atendeu alegre, e confirmou a sua presença na tarde das mulheres,
– É Março é nosso mês, eu mais é vou faltar???
Desligou o telefone, engomou o traje “africano” inspirado num modelo sexy de uma revista de moda europeia, um calção, uma blusa e uma turbante, feito à medida com um tecido de padrões que identificam essa África padronizada.
Vestiu as pressas, ajeitou a maquiagem, reforçou o perfume e saiu disparada.
Estava linda, tirando facto de aparecer na festa uma mulher trajada tipicamente mumuila, ela teria ganho com o melhor traje do evento.
O telefone tocava insistentemente, ela dançava alegremente com um gingado que identifica a alegria de quem merece ser feliz… Era semba aquela dança, música contagiante riscava o salão com mestria e sedução… Quando de repente, alguém rompeu o salão, afastou os corpos colados na sintonia da alforria.
– Mas vieste na festa com ordem de quem? Assim mesmo você mãe estas aqui e os miúdos estão aonde, lhe deste comida?
– E você estava aonde também que não lhes dá banho também e lhes faz comid…
Nem tinha acabado de pronunciar a palavra quando foi atingida por rajada de chapadas…
As pessoas ao redor prontamente acudiram, mas divergiam entre si, uns dizendo que ela também merece se divertir e outros dizendo que lhe merece… Uma mulher não pode desafiar com o homem… Seja em que mês for… Não importa se é Março ou Janeiro a mulher tem que ter juízo…
A policia chegou 30 minutos depois, e ela foi para casa e ele dormiu na cadeia.