Por: Fábio Pedro
É chegada a hora. Sim.
Estamos em Novembro, há escassos 60 dias para que 2023 termine, mas é altura para pensarmos mais em nós, sobretudo na nossa saúde.
Hoje não quero falar de saúde financeira, nem mesmo mental. Não que sejam menos importantes. Apenas quero priorizar o que deveríamos ter olhado bem antes de tudo isso.
Certamente que na nossa sociedade, quando falamos de NOVEMBRO AZUL, remete-nos a uma reflexão sobre toques… masculinidades… enfim.
Vamos falar de coisas que tocam. Toques que podem salvar vidas. Isso mesmo.
Eu quero falar sobre o Cancro da próstata e a sua repercussão negativa na saúde do HOMEM – entenda-se por pessoa do sexo masculino.
Sempre que faço abordagens em torno da saúde, gosto de começar pelas consequências, pois acredito ser a melhor forma de despertar consciências para a prevenção.
Mas onde está o problema?
Todos nós, seres viventes da era da tecnologia, temos plena consciência da importância do Smartphone nas nossas vidas. Inclusive, existem pessoas que, ao acordar, antes de certificarem se estão vivas, a preocupação é localizar o telemóvel. Aquela conversa sobre dependência digital…
O que dizer daquela angústia sobre quando nos falta carga no telemóvel? Como nos sentimos? O que nos ocorre à cabeça?
Pense que o seu telemóvel represente na sua vida, o mesmo que a saúde reprodutiva. Isso mesmo.
Imagine que a falta de carga represente, necessariamente, a disfunção sexual, que é uma das consequências desta patologia, que em último caso, constitui uma das maiores causas de mortalidade entre os homens pelo mundo.
Você já ouviu falar da incontinência urinária? Pois, é que em algum momento, você pode, efectivamente, perder o controlo, diante dessa necessidade fisiológica.
O tratamento não é uma coisa propriamente apetecível, acredite.
Eis que trago uma boa notícia.
Todo esse sofrimento pode ser controlado desde o início, aliviando a dor, com a possível descoberta da doença em estágio prematuro, bastando para tal a frequência às unidades sanitárias para efeitos de rastreio, a partir do exame do PSA.
E o toque? Sim. Também faz parte, mas esta conversa só a partir dos 45 anos de idade.
Na verdade, é só um simples toque. Um toquezinho generoso e com bastante delicadeza, em muito menos tempo que se possa imaginar e bastante compensador, se pensarmos nas consequências pela não realização dos exames.
A prática regular de exercícios físicos e adopção de hábitos alimentares saudáveis, podem auxiliar nesta luta que se quer a vontade de todos.
Recordo-lhe que no mundo há mais mulheres que homens e, dados do Instituto Nacional de Estatística (de acordo com o Censo de 2014), dão conta que, em Angola, existem pelo menos 4 mulheres para cada homem.
Somos poucos. Não queira nos deixar cada vez mais reduzidos.
Aceite o toque milagroso.
Façamos o teste da Próstata, por um mundo cada vez melhor.