• 7 de Abril, 2025

Corrupção: PGR anuncia leilão de bens recuperados

 Corrupção: PGR anuncia leilão de bens recuperados

A Procuradoria-Geral da República vai realizar nos próximos tempos leilões e venda em hasta pública do património imobiliário, apreendido no âmbito do combate à corrupção em curso no país, desde 2017, anunciou em Luanda, o seu líder máximo Hélder Pitta Groz.

O magistrado citado pela Angop, fez o anúncio à margem do “Workshop sobre confisco de activos para magistrados dos tribunais superiores de Angola”, sem no entanto especificar o número de imóveis a leiloar, afirmando apenas que algumas unidades de produção ligadas à indústria serão privatizadas.

Dados da PGR  apontam que Angola recuperou até ao momento,  mais de sete  mil milhões  de dólares norte-americanos, no âmbito do processo de combate à corrupção e recuperação de activos.

Segundo Angop,  parte do dinheiro recuperado pelas autoridades está ser utilizado no Programa de Investimento e Intervenção nos Municípios (PIIM), na construção de escolas e outras infra-estruturas sociais.

No entanto,  no mesmo período, foram apreendidos  e requerido o arresto de valores monetários, participações sociais, imóveis e outros bens móveis no valor de mais de 12 mil milhões de dólares norte-americanos que aguardam por decisão judicial.

Em relação aos recuperados no exterior, o magistrado avançou que o processo corre os trâmites legais, pois “quando há um arresto, a princípio já há uma imposição, portanto, é indiferente que haja colaboração ou não”.

Avançou que a recuperação de activos fora do país requer a cooperação internacional e são mecanismos com regras e legislação próprias, cuja resolução demora um certo período de tempo, salientado que existe  abertura “para o diálogo contínuo e acredito que estaremos em condições de dar alguma informação mais credível a posterior“.

Quanto aos casos do antigo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, e da ex-PCA da Sonangol, Isabel dos Santos, o procurador adiantou que os processos estão em aberto e em segredo de justiça.

“Não devemos publicitar o que se está a fazer, quando o processo se encontra em instrução ou investigação. Estamos a trabalhar e há processos mais complexos que os outros que necessitam de mais cooperação institucional,“ sublinhou.

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