Um total de 14.460 casos positivos de VIH em mulheres grávidas foram registados, entre Janeiro e Setembro do corrente ano, pelo Instituto Nacional de Luta Contra a Sida (INLS), informou, quinta-feira, em Luanda, a directora da instituição.
Maria Lúcia Furtado, que falava à margem do acto de apresentação do Programa de Mensagem de Voz Informativa, no âmbito do projecto “Nascer Livre para Brilhar”, disse que as referidas mulheres começaram a ser acompanhadas pelo Programa de Transmissão de Mãe para Filho, desde os três meses de gestação.
A directora do INLS explicou que o acompanhamento é feito com a administração de retrovirais, para impedir que passem o vírus aos bebés durante à nascença ou durante o período de amamentação, tendo em conta que está provado que o seropositivo a usar anti-retrovirais tem zero possibilidade de transmitir o vírus.
Lúcia Furtado frisou que, de forma geral, estima-se que em Angola existam cerca de 28 mil mulheres grávidas seropositivas e todas estas já deviam estar a ser acompanhadas e devidamente medicadas.
A médica realçou que este novo Programa de Mensagem de Voz Informativa vai possibilitar que mais mulheres sejam informadas sobre os benefícios de elas fazerem o tratamento desde os três meses de gestação até aos dois anos de vida da criança, o que permite ter o menor livre da doença.
Em relação à população no geral, Lúcia Furtado explicou que a prevalência do vírus no país é de dois por cento, segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos da Saúde, realizado em 2015-2016.
A directora do INLS anunciou que, em breve, a instituição vai fazer outros estudos para aferir qual é o real estado da doença no país, tendo em conta que, segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde, é que estes devem ser feitas a cada quatros anos.
JA