As mortes maternas e neo-natais institucionais conheceram uma ligeira diminuição, nos últimos tempos, em função dos investimentos feitos no sector da Saúde, disse quinta-feira, em Luanda, a directora-geral da Maternidade Lucrécia Paim.
Manuela Mendes realçou que a baixa de casos de mortes maternas e neo-natais é resultado da admissão de mais técnicos e do reforço de recursos materiais nas unidades de cuidados da saúde da mulher e do recém-nascido, noticiou o Jornal de Angola.
Apesar disso, a directora-geral reconheceu que há ainda um longo caminho a percorrer, daí a necessidade de se aumentar a literacia da população e as condições de vida dos habitantes.
Enquanto isso, a hemorragia pós-parto, hipertensão arterial e a infecção por aborto continuam a ser as principais causas de morte materna, no país, disse Manuela Mendes.
Para atender aos casos que chegam à unidade, a directora-geral, que falava quinta-feira, no encerramento do seminário de capacitação de parteiras tradicionais, avançou que existem 53 médicos especialistas.
Manuela Mendes referiu que este número de médicos especialistas é, ainda, pouco para suportar a procura, numa altura em que a maternidade faz cerca de 100 partos por dia, recebe 250 doentes no Banco de Urgência, além de 250 a 300 mulheres nas consultas externas.
Neste momento, disse que a unidade tem 164 médicos a fazerem especialidade na área de Ginecologia e Obstetrícia, assim como 60 parteiras e igual número de técnicos de anestesia a frequentar cursos de superação.
A secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher, Elsa Bárber, realçou que as parteiras tradicionais têm estado a exercer um papel preponderante para a saúde das jovens e mulheres grávidas.
Disse que a acção de sensibilização das parteiras tradicionais tem permitido, a cada instante, o registo de maior número de parturientes nas instituições sanitárias e na procura dos cuidados pré-natais.