• 15 de Abril, 2025

Cancro matou mais de 600 angolanos em dois anos

 Cancro matou mais de 600 angolanos em dois anos

Malária continua a ser a causa da mortes em Angola

De 2020 a 2022,  646 pessoas morreram vítimas do cancro no país, e o número de angolanos com o câncer é assustador , segundo as autoridades.
Nos últimos meses, foram registados em todo o território nacional,  959 casos novos de cancro da mama.

Os dados foram revelados nesta quinta-feira (16.11), pela vice-presidente da República, Esperança da Costa, que presidiu  o “encontro de reflexão sobre Outubro Rosa, Novembro Azul”,  evento focado para a  prevenção contra o cancro da mama e da próstata”.

“Quanto às projecções do cancro da próstata para Angola, no período de 2020 a 2022, registaram-se 646 mortes. A Agência Internacional de Pesquisa do Cancro aponta que até 2040 teremos cerca de quatro mil e 522 novos casos”, referiu.

Estes dados “alarmantes”, diz a vice-presidente da República, mostram que o país precisa fortalecer as acções de  consciencialização das mulheres e dos homens sobre a prevenção e diagnóstico precoce dos cancros da mama e da próstata, assim como reforçar a capacitação e o aumento das competências dos profissionais sobre a patologia que também afeta muitas crianças.

Dados e os alertas de 2020 emitidos pelo Globocan, do Instituto de Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS), estima que o mundo o registou  19 milhões e 300 mil novos casos de cancro.

A estimativa para África é de um milhão 109 mil e 209 e para Angola 20 mil e 327 novos casos.
Segundo ainda esta organização, a estimativa de mortalidade no mundo provocada pelo cancro é de 9 milhões e 900 mil mortes, das quais se regista para África cerca de um milhão de mortes e para Angola 12 mil e 599 mortes.

Segundo ainda a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de cancro nos Países de Baixa Renda devem aumentar em 81% até 2040 e para Angola prevê-se um crescimento de cerca de 115% no mesmo período.

A agência de notícias avança que Angola enfrenta um grande desafio de saúde pública devido ao aumento das doenças crónicas não transmissíveis, particularmente do cancro, ligado principalmente à mudança dos estilos de vida, mas também a factores genéticos.

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