Uma dezena de engenhos explosivos não detonados, dos quais sete de PG-7 e dois abusem de morteiro 82 mm, foram removidos, quarta-feira, de um campo agrícola, na localidade de Olyafilwa, município de Ombadja, província do Cunene, pela brigada B das Forças Armadas Angolanas.
O oficial da Agência Nacional da Acção de Minas (ANAM) no Cunene, Mário Satipamba, citado pela agência noticiosa ANGOP, informou que o processo de remoção deriva de uma denúncia feita pela comunidade, o que evitou mais acidentes com minas.
Mário Satipamba explicou que as mesmas estavam arrumadas uma por baixo de outras, mas a equipa de especialistas conseguiu realizar o trabalho de recolha.
Em Janeiro deste ano um agricultor da comuna da Môngua, no Cunene, levantou uma mina anti taque, enquanto preparava terra com uma charrua de tracção animal.
No ano passado, na mesma localidade, cinco membros da mesma família no morreram em consequência da explosão de uma mina que se encontrava também num campo agrícola.
Entretanto, o director-geral do Centro Nacional de Desminagem (CND), Carlos Sachimo, que mais de 80 por cento do território nacional está livre de minas.
Carlos Sachimo diz que até ao momento, as províncias do Cuanza-Norte, Huambo, Malanje, Uíge e Zaire estão totalmente livres de minas implantadas durante o conflito armado, embora existam ainda alguns engenhos explosivos não detonados um pouco por todo o país.
O CND está a preparar condições para a certificação das províncias que, realmente, estão fora do perigo de minas no país.
As províncias do Bié, Cuando Cubango e Moxico são as que ainda apresentam perigo em termos de minas.