• 26 de Junho, 2024

Greve geral: Sindicatos denunciam intimidações

 Greve geral: Sindicatos denunciam intimidações

Os sindicatos fazem um balanço positivo do primeiro dia da paralisação e dizem que houve uma adesão “expressiva”. Mas denunciam também que médicos e técnicos de saúde foram intimidados.

Os trabalhadores atenderam ao apelo das centrais sindicais. Escolas, serviços de justiça e outros setores da administração pública paralisaram esta segunda-feira (22.04), o primeiro dia da segunda fase da greve geral por melhores salários e pela redução de impostos.

Já nos hospitais, a adesão à greve foi tímida.

O diretor do Hospital do Prenda, Tomás Cassinda, diz que o banco de urgência, as consultas externas, as enfermarias e as áreas das análises clínicas funcionaram em pleno.

“Vimos na reunião matinal que todos os profissionais que entraram às 08h00 estavam presentes. Neste momento, está tudo acautelado, o hospital está a funcionar a 100%, sem quaisquer constrangimentos”, referiu.

Denúncias de coação e intimidação

A DW África constatou cenário idêntico em várias unidades de saúde. Segundo as centrais sindicais, uma explicação para a alegada presença massiva de técnicos de saúde deve-se a supostos atos de intimidação e coação a trabalhadores em alguns hospitais.

“As centrais sindicais denunciam atos de coação exercida contra alguns médicos em hospitais como a Maternidade Lucrécia Paim, violando deste modo o direito à greve”, afirmou o porta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido.

Ainda assim, os sindicatos fazem um balanço positivo do primeiro dia da paralisação geral.

Ainda assim, os sindicatos fazem um balanço positivo do primeiro dia da paralisação geral.

“As centrais sindicais assinalam com satisfação a adesão expressiva dos trabalhadores à segunda fase da greve geral, apesar dos atos de manipulação e intimidação registada na véspera da segunda fase”, indicou o porta-voz.

Aos trabalhadores, os sindicatos apelam para que se mantenham firmes. A greve deverá prolongar-se até ao dia 30 de Abril.

Ordem dos Advogados ajuda
Nesta segunda-feira, a Ordem dos Advogados de Angola (OAA) apelou à criação de equipas para acompanhar a segunda fase da greve geral, para travar possíveis violações dos direitos dos grevistas.

Os órgãos provinciais da ordem deverão monitorar a paralisação, para evitar detenções e agressões a grevistas, tal como aconteceu na primeira fase da greve.

As centrais sindicais agradecem o apoio manifestado pela OAA, e “apelam a todos os trabalhadores a denunciarem qualquer ato de intimidação”.

 

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