O ministro do Interior, Eugénio Laborinho anunciou nesta sexta-feira (18.03), que a instituição que dirige vai aplicar medidas duras contra todo o efetivo que nega a paternidade.
Laborinho não avança dados de quantos funcionários do MININT, que cometem se recusam assumir os filhos. Mas sabe-se que é na polícia nacional onde há o número elevado de homens angolanos não prestam assistência aos filhos.
“Para mitigar os efeitos e as consequências da fuga à paternidade e a falta de prestação de alimentos, o Ministério do Interior irá continuar a reforçar a cooperação institucional com os órgãos que intervêm na administração da justiça, sobretudo a Procuradoria Geral da República (PGR) e os tribunais, para que os nossos efectivos assumam as suas responsabilidades parentais, através da adopção de medidas legais, que incluem a facilitação do processo de retenção na fonte salarial, a fim de se assegurar a quantia monetária devida aos menores, para o seu sustento” rematou o ministro.
O governante falava o acto central das comemorações do dia do pai, que se assinala, este sábado 19 de Março, mas q antecipado ontem pelo Ministério do Interior.
O acto comemorativo decorreu no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, no município de Belas em Luanda.
Segundo Eugénio Laborinho, é pretensão da direcção do MININT ver efectivos desempenhando exemplarmente o papel de pai.
“Os efectivos do Ministério do Interior devem ser pais exemplares, tendo em conta as missões que cumprem em benefício da sociedade, que, em última instância, se traduzem no cumprir e fazer cumprir a lei” apelou.
Testemunhado por entidades políticas, eclesiásticas, autoridades tradicionais e membros de defesa e segurança, o acto é uma co-organização entre os Ministérios do Interior e de Acção Social, Família e Promoção da Mulher.
O ministro do Interior disse ser preocupação do seu pelouro os números de pais que se furtam à paternidade, segundo dados oficiais que têm sido divulgados nos últimos tempos.
“Indicadores oficiais que têm sido divulgados nos últimos tempos, apontam para uma incidência preocupante da fuga à paternidade envolvendo efectivos das Forças de Defesa e Segurança, grupo social em que nos enquadramos” salientou, o dirigente, visivelmente preocupado com o facto.
Disse, por outro lado, que “este dado deve preocupar a todos os pais do MININT, pois, aquele filho que desprezamos hoje, pode ser o marginal de amanhã, que será, com certeza, o alvo das nossas acções”.
