• 9 de Abril, 2025

Morreu Gustavo Costa, um “gigante” do jornalismo angolano

Morreu na madrugada desta sexta-feira, o jornalista Gustavo Costa, numa das unidades hospitalares, em Luanda, vítima de um AVC, aos 63 anos.

Gustavo Costa fez parte dos quadros que fundaram o seminário Novo Jornal, órgão pelo qual foi diretor. Até a sua morte, o jornalista era cronista do mesmo jornal.  “Palavra de Honra” é coluna de Gustavo.

O antigo correspondente do Expresso (em Luanda) Gustavo Costa foi um destacado profissional pela maneira singular como tratava os vários assuntos que abordava, segundo a jornalista portuguesa Cristina Perez.

“Gustavo Costa começou a colaborar com o Expresso em 1989. Era o nosso correspondente em Luanda e morreu na madrugada desta sexta-feira, às 00h03 na capital angolana vítima de um AVC. Quando discutíamos as matérias ao telefone ele ouvia-nos com atenção, explicava sumariamente como pensava tratar o assunto, pausava e concluía, repetindo “sim, sim, sim”. Nós ficávamos descansados”.

A morte do veterano jornalista causou comoção no seio da sociedade angolana. São várias as reações à morte de Gustavo Silva.

“Morreu o jornalista Gustavo Costa. Tinha 63 anos. A nossa relação profissional remonta ao ano de 1977 e ao Jornal de Angola”, escreveu o jornalista Reginaldo Silva na sua conta do Facebook.

Albino Carlos, membro do Bureau Político do MPLA, considera o jornalista como “figura ímpar” do jornalismo angolano.

“A morte do Gustavo Costa chocou-me profundamente. Não quis aceitar. Nutro grande admiração e eterna gratidão pelo Gustavo, referência ímpar do jornalismo angolano”.

Gustavo Costa era um dos “monstro sagrados” do jornalismo angolano, escreveu a presidente da Comissão de Carteira e Ética, Maria Luísa Rogério.

“O Gustavo Costa deixou-nos! Vítima de AVC hemorrágico, circularam ontem rumores a dar conta da sua morte. Apesar do estado crítico, a esperança reacendeu. Acreditávamos numa reviravolta do quadro. Infelizmente, confirmou-se o pior. O Gustavo Costa era um gigante, uma referência em caixa alta. Um dos “monstros sagrados” do jornalismo angolano. Perdemos uma pena irretocável. Estamos de luto! Sentidos pêsames à família”, lamentou a jornalista.

Nascido em 1959, abraçou o jornalismo logo no período pós-independência. Toda a história do jovem Estado independente passou pelos seus dedos, afirma o jornal Expresso.

 

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